Paulo Mendes denuncia abandono do poder público e farsa da militarização das escolas

A comunidade, cansada de esperar retorno sobre as adequações do espaço escolar, realizará nesta quarta-feira (30) ato público.

Localizada no bairro do Icuí, em Ananindeua, a Escola Francisco Paulo do Nascimento Mendes informou que pais, funcionários e estudantes realizarão nesta quarta-feira, 30, pela manhã, manifestação contra o abandono do prédio educacional. Infestação de pombos, banheiros entupidos, goteira e comprometimento do telhado são alguns dos principais problemas.  

Veja as condições internas da Escola, que atende alunos das séries iniciais ao ensino médio, além da Educação de Jovens e Adultos.

Bebedouro destruído, sem possibilitar o fornecimento de água potável
Fezes de cachorro em uma das salas de aula
https://youtu.be/ylTsYD9fd8o

No detalhe do vídeo: Fezes de pombo. Conhecidos como “praga urbana”, os pombos podem transmitir diversas doenças, dentre elas a salmolenose, a histoplasmose e a criptococose.

É um absurdo que diante da exigência de tantos protocolos de segurança, o Governo Helder ainda submeta trabalhadores da educação e estudantes a tamanho risco!

Outro ponto contraditório é que esta unidade de ensino está na lista das escolas cívico-militares “implantadas” pelo Governo do Estado. O projeto das escolas cívico-militares foi repassado para as comunidades escolares como sendo uma salvação para a redução da evasão, melhoramento da disciplina, do respeito e dos indicadores educacionais, como a aprovação, a frequência e redução da evasão.

Perguntamos à SEDUC, à PMPA e ao Governo Helder onde foram parar estes objetivos? O fato é que as condições das escolas estão diretamente ligadas ao processo de ensino-aprendizagem-avaliação-ensino. Ou seja: embora não seja o único elemento para a garantia da qualidade da educação pública, é um de seus pilares indiscutivelmente.

O Pará possui cerca de 950 unidades escolares, sendo que 80% destas continuam com problemas severos, que colocam em risco não apenas a aprendizagem, mas também a própria vida de alunos/as, professores/as, e servidores/as das escolas em geral.

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