Respostas evasivas do Governo desagradam categoria

A paralisação estadual de hoje, 1, foi marcada por uma manifestação pela manhã em frente à SEAD. Com audiência agendada na Secretaria, o SINTEPP foi recebido pelo representante da PGE, uma vez que nenhuma autoridade se encontra em Belém para reunir com o sindicato.

O SINTEPP abriu a reunião pontuando que antes as mesas entre governo/SINTEPP/SINDUEPA eram conjuntas e que finalmente depois de meses a dinâmica se restabeleceu. Em seguida expõe a especificação de sua pauta, que inclui a progressão horizontal e vertical e a Gestão Democrática.

Outra pauta incorporada refere-se às alterações no sistema de novos filiados do sindicato. O SINTEPP questionou ainda se o governo já mudou de ideia quanto ao pagamento do piso, visto que o Estado incorporou o discurso da ministra Carmem Lúcia de que progressões compõem o piso, o que contraria a Lei.

Sobre o enquadramento, o sindicato questionou erros nas letras e também o 0,5% do retroativo que não foi repassado junto com a progressão e solicitou audiência específica para discorrer sobre o assunto.

Ainda sobre o 13º salário, o SINTEPP expôs que a categoria esperava o nivelamento do piso e não apenas a antecipação do 13º. Também foram pontuadas as reformas mal feitas nas escolas. Fora as empresas que abandonam as obras por falta de pagamento do governo, como é o caso da Maria Clara e Doroth Stang, em Jacundá.

O sindicato pontuou ainda a falta de vigias em escolas de Castanhal. E questionou se os empréstimos serão descontados antecipadamente ou somente no fim do ano?

O governo informou que hoje, 1, será publicado um espelho repassado para a SEDUC, ao que o SINTEPP solicitou a análise do mesmo. Sobre os novos filiados, o governo argumentou que adotou novas medidas, pois vinha tendo problemas com novas filiações. Para o sindicato a medida apenas burocratizou ainda mais a questão, dificultando o acesso do filiado aos benefícios da entidade, como o atendimento jurídico e as eleições sindicais. O SINTEPP irá formalizar o pedido de correção.

Quanto aos empréstimos, o governo confirmou que os descontos irão acontecer, conforme o empréstimo que o servidor fez. O pagamento será feito entre os dias 08 e 10/10.

O SINTEPP voltou a cobrar uma resposta sobre o piso de 2018 e a retomada das negociações imediatamente, dentro do percentual estabelecido pelo MEC e conforme o compromisso assumido pelo então candidato, hoje governador, Helder Barbalho. O governo, todavia, se esquivou.

O sindicato manifestou interesse em debater com o governo temas cruciais para a categoria como: o RJU e a Reforma da Previdência. A preocupação do SINTEPP é em participar dos debates e não apenas ser chamado para receber comunicados. Novamente o governo não apresentou concretude nas respostas.

Na devolutiva aos educadores que aguardavam o fim da audiência em frente à SEAD o sindicato foi pontual. “Chega de enrolação! Queremos respostas concretas na mesa”, esta foi a fala de Conceição Holanda, da Coordenação Estadual do SINTEPP, sentimento este já exposto em outras intervenções.

O sindicato está em estado de greve e deve realizar nova paralisação ainda no mês de outubro. A possibilidade de greve na rede estadual de ensino do Pará não está descartada, caso o governo não avance nas negociações.

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