A educação está na rua. Jatene a culpa é tua!

Amanhã (8) tem marcha da indignação no Trevo do Satélite. Todos ao Seducão.

Depois de duas semanas em greve os (as) trabalhadores (as) em educação do estado do Pará mostram ao governo Jatene (PSDB) que não se curvarão ao assédio moral e às ameaças protagonizadas por gestores que se encastelam a frente da Secretaria de Educação (Seduc) e demonstram nenhum compromisso com a valorização profissional e a qualidade de ensino.

Portanto, informamos que o setor jurídico do Sintepp está a postos para receber denúncias e lembra que tais práticas são inaceitáveis, pois a greve nem sequer fora considerada ilegal pelo poder judiciário.

Enquanto isso, o Sintepp e sua categoria ainda aguardam as promessas feitas pelo governo de retirada da educação pública dos baixos índices, no entanto, o que se vê são acúmulos de insultos como máfia de hora extra, roubo de merenda, trapaça…

Antes mesmo da deflagração da greve, em 20.03, os educadores já sinalizavam ao governo que não aceitariam a lógica míope imposta pela Seduc, através do secretário Helenilson Pontes, de limite de 150h de efetiva regência, visto que a atitude direciona certamente para a redução salarial. Como se não bastasse a falta de perspectiva para o pagamento do piso nacional, e seu retroativo.

Nossa assessoria jurídica já aguarda a comprovação de tais perdas. Caso as mesmas efetivem-se o Sintepp cobrará judicialmente o ressarcimento de valores, inclusive com a elaboração de processos individuais.

Além do que quais são as reais condições de trabalho oferecidas por este governo? Escolas alagadas e depredadas, má qualidade na merenda escolar, precariedade no transporte, corpo docente insuficiente e a violência que há tempos transpassou os muros de nossas instituições?

Repetidamente o Sintepp, cumprindo seu papel de representante da sociedade civil e de sua categoria, leva à tona estes problemas. Ao governo mais válido foi maquiar a situação com uma ilusória propaganda denominada de pacto pela educação. A educação não vive no mundo de fantasias criado pelo governo e exige respeito e soluções!

Atualmente, dos 144 municípios paraenses, 106 confirmam suspensão das aulas, porém Helenilson vai a público anunciar que a greve acontece apenas para o Sintepp e tapa os olhos para os clamores da comunidade escolar.

Cotidianamente as Subsedes do Sintepp realizam de atos, manifestações e passeatas organizadas por trabalhadores, pais e alunos. Nesta terça-feira (7), por exemplo, houve simultaneamente atividades em Abaetetuba, Altamira, Belém e Marabá.

Pela manhã em Marabá o ato ocorreu em frente a 4° URE. A atividade, promovida pela Regional Sudeste, contou com a participação de profissionais além de Marabá, dos municípios de Jacundá, Itupiranga, Brejo Grande do Araguaia, Palestina, São Domingos do Araguaia, Curionópolis, Eldorado dos Carajás, Parauapebas, Bom Jesus do Tocantins e Abel Figueredo. Das 18 cidades que compõem a Regional, 16 estão em greve. E enviaram para Belém representantes que acompanharão as próximas atividades da greve.

Ainda pela manhã, no município de Altamira, os trabalhadores do Xingu realizaram uma caminhada pelas principais ruas da localidade onde exigiram seus direitos e denunciaram a precariedade a que a sociedade está exposta enquanto os governos nas três esferas, municipal, estadual e federal, vendem um modelo de desenvolvimento que destrói os povos da floresta para a sustentação de um projeto econômico que favorece apenas o grande capital internacional. Das 10 cidades do Xingu, oito já cruzaram os braços, bem como promovem atos locais.

Para finalizar os atos, educadores do município de Abaetetuba, na regional Baixo Tocantins, também ocuparam as principais vias de cidade para dialogar com a população sobre os reais motivos que os levaram a paralisar as atividades educacionais. Vale lembrar que na semana passada, enquanto o Sintepp realizava a assembleia de lançamento da greve, o teto da sala de informática da EE. Pedro Teixeira, que fica em Abaetetuba desabou, não causando um incidente incalculável por conta da suspensão das aulas pela greve. A delegação de Abaetetuba já se encaminha para Belém e acompanhará as atividades dos dias 08 e 09.04.

A tarde, trabalhadores em educação dos distritos de Icoaraci e Outeiro se reuniram na EE. Palmira Gabriel para avaliar as ações do movimento nas escolas que são destas áreas e organizar a marcha da indignação que ocorre nesta quarta-feira (8), a partir das 9h, com concentração no Trevo do Satélite.

Os especialistas em educação realizaram nesta tarde também, no CCNT/UEPA, em Belém, um Seminário de desdobramento a atividade realizada na semana passada na EE. Cordeiro de Farias, onde definiram como proposta a equiparação ao piso salarial dos professores com 40h semanais (200h mensais) e que os mesmos se propõem a integrar o cargo único de professor para que sejam garantidos os direitos e as vantagens inerentes a docência.

As deliberações baseiam-se no fato de os especialistas possuírem mesma titulação e desenvolverem a mesma carga horária (CH) de trabalho que os professores, porém percebendo remuneração inferior (atualmente os profissionais recebem 33% a menos e trabalham a mesma CH que os docentes). Foi definido ainda que será garantida a presença de um representante dos especialistas nas futuras mesas de negociação com o governo.

O Comando de greve ainda se reuniu no fim dia na sede do Sintepp para avaliar as ações programadas pela categoria e organizar as intervenções na audiência agendada pelo governo para a manhã de 08.04.

A reunião, que foi agendada pelo governo no último dia 25.03 e terá como pauta principal lotação. Obviamente que o Sintepp espera obter do governo respostas sobre os 30 pontos que compõem a pauta de negociação encaminhada ao secretário desde o início de sua gestão, e que tratam sobre reforma nas escolas, realização de concurso publico, garantia de merenda e transporte de qualidade, garantia da jornada de trabalho sem perdas remuneratórias como ficou acordado na greve de 2013 e de acordo com a necessidade de cada escola, pagamento imediato do piso salarial, garantia da unificação do PCCR  e ensino de qualidade para os quatro cantos do estado, entre outros.

O Sintepp observa a disposição à luta dos trabalhadores, por isso convoca todos (as) para as atividades em defesa da educação pública do Pará. Fique atento (a) e ajude na divulgação da agenda da GREVE:

08/04 (quarta-feira)

1. Ato público Metropolitana (Marcha da indignação), concentração: Trevo do Satélite, às 9h

2. Ato público Ipixuna do Pará, concentração: Distrito de Novo Horizonte, às 14h

3. Ato público Vigia, concentração EE. Pte. Kennedy, às 7:30h

09/04 (quinta-feira)

1. Assembleia geral, 9h, na praça da República (em frente ao Theatro da Paz)

2. Ato público Oeste, concentração: Alenquer, às 18h

Vem pra luta em defesa da educação pública, com qualidade social e valorização profissional!

Só avança quem luta!

Baixe aqui a versão em panfleto para mobilizar as escolas

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