Contra hegemonizar a mídia e lutar pela comunicação sindical/popular e contra os grandes projetos

A tarde deste sábado (28) contou com o debate de primeira ordem “Hegemonia e Luta de Classes: a grande mídia e seu olhar sobre a luta dos (as) trabalhadores (as)”, cuja palestrante foi a jornalista Cláudia Giannotti. A prof. Glória Rocha, que dividiria o espaço, justificou sua ausência pois teve um problema de ordem familiar, disponibilizando-se a compartilhar outro momento com os trabalhadores em educação.
Em seguida a mesa de debate foi “Impactos socio­ambientais a partir da retomada dos grandes projetos na Amazônia”, com o economista e membro do Comitê Xingu Vivo, Dion Monteiro.
“A região amazônica é, desde a segunda metade do século XX, o principal locus dos grandes projetos de infraestrutura e exploração econômica dos bens naturais, causadores dos grandes impactos socioambientais na região. Entender suas causas, seus interesses e consequências é determinante. Aí está a importância desta mesa”, esclareceu Dion sobre a urgência de seu debate.
Para Alcione Sousa, que é Coordenadora da Subsede de Medicilândia, na Regional Xingu os grandes projetos são mortíferos. “Os grandes impactos socioambientais dos grandes projetos são enormes. Devemos ressaltar que o olhar da mídia na implantação de uma obra de grande magnitude e de um suposto grande desenvolvimento lucrativo não é o mesmo olhar dos movimentos sociais.
A mídia tem a capacidade de transformar o idealismo das pessoas menos afortunadas, porém a mídia jornalística acaba falando daquilo que é de interesse deles, e de contra partida cabe a nós educadores fazer o papel da mídia também buscar a conscientização e a transformação social.
Os grandes projetos são impostos de cima para baixo quando deveriam ser ao contrário.
Como um grupo pensante que não conhece a realidade da região em que serão implantadas as grandes hidroelétricas, por exemplo, sabe o que é bom pra nós? Quantas lutas foram travadas pelos movimentos sociais em Altamira e mesmo assim hidroelétrica foi implantada! Ai nos sentimos impotentes diante da mídia, a qual não transmite os fatos com veracidade”, comentou, indignada, a educadora.
A farsa do desenvolvimentismo também foi denunciada. “Com o suposto desenvolvimento vem consigo as mazelas da sociedade. Marginalidade. Falta de saúde, educação, segurança, políticas públicas, inchaço populacional e entre outras. Isso são em todos os municípios inclusive nos circunvizinhos”, comentou Alcione.
A noite deste sábado (27) será com a noite cultural na Sede do Sindicato, apresentada por Renato Caranã, e o Lançamento do livro “Os bastidores de uma luta” da escritora Enrica Peniche, que conta a história da luta do Sintepp no município de Mãe do Rio, o show musical de Juliane Maciel e banda.
No domingo (28) o II Encontro Estadual de Comunicação Sindical do Sintepp volta para a EE. Anísio Teixeira para o encerramento com o ciclo de oficinas.

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