Justiça para Francisca Amaral!

É com profunda dor e indignação que o Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores em Educação do Estado do Pará (SINTEPP) vem a público solidarizar-se com os familiares e amigos da servidora da Prefeitura de Mãe do Rio/SEMED Francisca Plácito do Amaral.

Após ser morta pelo ex-companheiro, Francisca lamentavelmente entra para as estáticas nacionais de vítimas de feminicídio.

Segundo pesquisa divulgada pela Rede de Observatórios da Segurança em março deste ano, em 2023 ao menos 586 mulheres foram vítimas de feminicídio, ou seja, foram mortas em razão do gênero. Os dados que abrangeram os estados do Pará, Ceará, Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Piauí apresentaram o boletim Elas Vivem e constataram que a um caso a cada 15 horas. 72,70% desses crimes foram praticados por parceiro ou ex-parceiro da vítima.

A Rede comprovou que ao todo foram registradas 3.181 mulheres vitimadas, representando um aumento de 22,04% em relação a 2022, quando os estados do Pará e do Amazonas ainda não faziam parte do monitoramento.

No Pará, as desigualdades sociais e o garimpo foram pontuados como agravantes as violências contra mulheres no estado. 2023 foi o primeiro ano que o estado fez parte do boletim e foram registrados 224 casos de violência. Além disso, foram monitoradas 110 tentativas de feminicídio e 43 feminicídios.

Logo, mesmo com a promulgação da Lei Maria da Penha (nº 11.340, de 7 de agosto de 2006), que estabelece a criação de mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nota-se que seus efeitos continuam distantes da concretização.

Neste momento de consternação, repudiando todas as formas de violência, reafirmamos nossa luta pela paz e igualdade de direitos para todas as mulheres.

Francisca não será esquecida! Parem de nos matar!

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