12|05 – Marcha da Educação, Pça do Operário São Brás

Sintepp realiza marcha em defesa da educação nesta terça-feira (12) e espera resposta do governo
O Sintepp informa que os (as) trabalhadores (as) em educação da rede estadual de ensino, em greve há 46 dias, realizarão nesta terça-feira, 12, ato público com concentração a partir das 8H00 na Praça do Operário em São Brás.
A categoria está na expectativa de resposta do governo Jatene (PSDB) sobre a reabertura da mesa de negociações, interrompida pelo gestor o último dia 28. Em pauta estavam questões inerentes a campanha salarial de 2015, que envolvem as carreiras ligadas ao magistério.
A Coordenação do Sintepp confirma que existe disposição para finalizar a paralisação, porém deve-se observar os graves problemas detectados na educação pública do Pará. “O governo vai à mídia mentir para a população e é irresponsável ao afirmar que não realizaremos a reposição das aulas. Ora, se a greve terminasse hoje muitos estudantes retornariam para escolas sem higiene nos banheiros ou mesmo material de limpeza, sem água potável, e mesmo sérios riscos na rede elétrica. E até o momento não encaminhou para o Sintepp a relação de escolas que entrarão em reforma”, comentou Mateus Ferreira, Coordenador Geral do Sintepp.
Além da pauta de reformas o Sintepp espera que o governo formalize sua proposta através da assinatura de termo de responsabilidade. “Diante das movimentações que nossa categoria realizou e da postura intransigente do governo que ilegalmente descontou os dias parados, lembramos que o governo ainda não encaminhou o projeto do PCCR unificado para apreciação da Alepa, e descumpriu o acordo de 2013 que visava a redução gradual de aulas suplementares nos submetendo a redução brusca de salários já na lotação de 2015, quando impôs a lotação máxima de 220h. Portanto, o Sintepp mantém a proposta de redução gradual da jornada apontando-a da seguinte forma: para 2015 o limite deve ser 260h, em 2016 passaria para 240h e 2017 chegaria nas 220h. Outro problema está no descumprimento da Lei do Piso, o governo mente para o judiciário quando afirma que destina 1/3 da jornada para a hora atividade (HA), na verdade ainda trabalha-se com a lógica de ¼ para HA, e isso deve se analisado com seriedade”, complementou Mateus Ferreira.
O Sintepp também lembra que o movimento grevista é uma das ações de radicalização dos trabalhadores e que espera que o governo respeite a mesa permanente de negociação. “Ainda que o governo diga que esgotou as pautas em mesa, vale ressaltar que questões que garantam a propagandeada qualidade pela educação serão resolvidas a médio e longo prazo, portanto a categoria espera que ainda este ano sejam garantido o pagamento do retroativo do piso, uma vez que a dívida de 2011 tornou-se uma bola de neve pela incapacidade de gestão do próprio governador Simão Jatene, e falar em qualidade sem valorização profissional seria no mínimo um contradição “, diz Alberto Andrade, Secretário Geral do Sintepp.
O sindicato reafirma que a reposição de dias parados será confirmada tão logo o governo se comprometa em assinar o acordo, junto aos deputados e Ministério Público Estadual. A marcha da Educação seguirá para o Centur, onde ocorre reunião do Fórum Estadual de Educação que debaterá o Plano Estadual de Educação.
 
 
 

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