Educação de Castanhal inicia Greve nesta quarta-feira (10)

Em assembleia realizada no dia 04/08 a categoria do magistério público de Castanhal decidiu pela deflagração de movimento paredista a partir do dia 10 de agosto.

A grave crise econômica causada pela política de morte do desgoverno federal tem causado fome e miséria à população brasileira. Assim como toda população, os servidores do magistério público de Castanhal também sofrem com a alta generalizada dos preços dos alimentos, combustíveis, gás de cozinha, etc.

Nesta realidade ainda sofrem os efeitos de endividamentos com a aquisição de equipamentos para desenvolver suas atividades docentes durante o processo de suspensão das atividades presenciais nos anos de 2020 e 2021, pois não houve qualquer apoio financeiro do governo neste processo. Sofrem com a falta de compromisso da SEMED em relação a aquisição de equipamentos para que possam executar seu trabalhos em sala de aula e também cumprir a hora-atividade no espaço escolar (precisando utilizar na maioria da vezes seus equipamentos pessoais).

Com a redução da margem de empréstimos consignados (que tem taxas de juros muito menor) foram empurrados pela prefeitura a adquirir empréstimos com alta taxa de juros, reduzindo ainda mais o poder de compra de seus salários.

Durante todo o primeiro semestre a categoria buscou negociar o reajuste de seus vencimentos com base na lei do piso nacional do magistério que estabeleceu um percentual de 33,24%.

Inicialmente a SEMED apresentou estimativa de que os recursos da Educação não seriam suficientes para garantir tal percentual, mas considerava em seus cálculos contribuição patronal de 32% ao IPMC, o que de fato não vem ocorrendo (é o que demonstra o portal de transparência do Instituto, este só foi atualizado até abril/22).

Com muita luta, a categoria conseguiu no primeiro semestre que a prefeitura pagasse parte da dívida que ainda devia à categoria do reajuste de 2020 no exercício de 2021, ficando ainda o saldo devedor do retroativo de 2016 e 2020 que a categoria não recebeu a atualização salarial.

Somadas a essas situações vimos cotidianamente denúncias nas redes sociais de corrupção em diversas as áreas da administração Paulo Titan e, mais recente, a situação de funcionário da SEMED cedido para o gabinete do prefeito, mas que trabalha como diretor em escola do município de Marapanim, situação que está sendo formalmente denunciada por este sindicato ao Ministério Público.

Algumas denúncias nas redes sociais que também precisam ser investigadas a respeito do uso da máquina administrativa para beneficiar a candidatura a Deputada Estadual da filha do prefeito.

Em reunião com este sindicato, a SEMED demonstrou desconhecimento do andamento do processo dos precatórios do Fundef, pois não estava ciente de documentações que demonstravam que os recursos da conta judicial teriam sido devolvidos a União, tendo perdido a oportunidade de esclarecer e intervir para solução célere do caso em audiência com o desembargador responsável.

Este recurso seria de fundamental importância para investimentos na Educação Castanhalense. Acrescenta-se a este quadro a falta de ação dos deputados federais e estaduais que agora alardeiam ter compromisso com Castanhal, mas que não trouxeram um centavo de recursos para educação e temos escolas como a Graziela Gabriel, Irene Titan e outras que se encontra em grave situação de infraestrutura.

Diante de toda essa realidade a única alternativa encontrada pelos trabalhadores e trabalhadoras em educação para resistir a este estado de coisas foi a deflagração de GREVE a partir do dia 10 de agosto, com um grande Ato Público na praça da Matriz de São José.

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