Alunos do Marajó sofrem por falta de condições para o ensino remoto

A região do Marajó, no Estado do Pará, é uma das mais pobres do país e apresenta um dos piores indicadores sociais, educacionais e humanos, segundo dados do PNUD-BRASIL.

Na educação, a região é uma das menos assistidas pelos governos federal e estadual, contando com poucos investimentos na rede de atendimento escolar. As duas cidades com campi da UFPA são Breves, na região ocidental e, Soure, na região oriental. Aliás, Breves, possui um campus do Instituto Federal de educação (IFPA). No entanto, há pouca oferta de cursos e o número de docentes ainda é baixo.

Na rede estadual, a Região é administrada pela URE 13 da SEDUC, que conta com 8 municípios, sendo Breves (sede), Anajás, Melgaço, Portel, Curralinho, Bagre, Gurupá e Chaves. A região conta com 13 escolas estaduais e 12.757 alunos matriculados, segundo censo escolar de 2020.

Falta de equipamento e acesso a internet são os maiores problemas

Com a Pandemia de Covid-19, esses quase quinze mil alunos vêm sofrendo com problemas de acesso ao ensino remoto. A maioria não tem acesso a equipamentos como celular e computador. Outros não possuem acesso a internet. Aliás, a região do Marajó Ocidental apresenta grandes problemas no acesso geral de internet, devido até agora o governo não ter feito a interligação com fibra ótica.

As escolas da região vem buscando várias maneiras de facilitar o acesso das atividades remotas aos alunos, por meio das ferramentas tecnológicas disponíveis, como o Google Class Room (sala de aula virtual do Google), grupos de mensagens instantâneas (whatsapp), leituras de livros didáticos e cadernos de Atividades. Há escolas usando até programa de rádio para levar as aulas até seus alunos.

Muitos professores têm reclamado da falta de apoio da SEDUC na região, principalmente da falta de suporte da URE 13 na impressão dia cadernos de atividades, o que faz com que milhares de alunos não tenham acesso às atividades do ensino remoto.

A URE (Unidade Regional de educação) é uma representação da SEDUC na região, mas não tem autonomia financeira e administrativa. Funciona apenas como um entreposto burocrático da Secretaria de Estado de Educação, o que a torna um órgão inviabilizado e sem dinamismo.

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