Os trabalhadores da rede municipal de ensino de Belém, em greve desde o dia 26 de maio, realizaram um ato em frente do Instituto de Previdência e Assistência de Belém (Ipamb) chamado pela Executiva Belém do Sintepp, para denunciar o caos em que se encontra uma das mais importantes autarquias públicas da PMB, no que se refere ao atendimento à saúde do servidor público municipal.
As consultas para áreas especializadas estão sendo agendadas para até noventa dias, quando a legislação obriga os demais planos de saúde para atendimento em no máximo uma semana. Por isso, um dos atos da greve foi dirigido para denunciar essas mazelas, que segundo o Sindicato a atual gestão tem que ser fiscalizada de perto pelos próprios usuários que não têm acesso às prestações de contas do Instituto.
Outra ação visa ir à Câmara de Vereadores pedir auxílio ao parlamento municipal no intuito de intermediar uma negociação com o prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), que se recusa a negociar com o Sintepp, mesmo depois da Justiça do Estado ter reformulado uma sentença feita nas “coxas” e em pleno domingo sob o pretexto que os trabalhadores municipais estariam prejudicando os alunos que prestariam a seleção ao ENEN, quando bem sabemos que a responsabilidade do ensino médio é do estado.
No recurso impetrado pelos advogados do Sintepp ao desembargo paraense, o juiz responsável Constantino Guerreiro, se eximiu de expedir uma liminar com tutela antecipa, pois o próprio magistrado só se manifestará quando os trabalhadores forem prejudicados pelo desconto, que na visão do Sindicato é contraditória a ausência da compreensão necessária, sendo pública e notória a intenção de Zenaldo de perseguir quem diz não aos ditames do PSDB.
Assim, continuemos na luta, já que a justiça se ausenta em uma decisão mais dura contra a elite paraense, o que parece que já se torna uma cultura mal vista por outros magistrados fora do Pará que tão somente agraciam com sentenças contra os trabalhadores, principalmente os que estão na luta por seus direitos, em contrapartida premiam com cargos, largamente denunciadas pelo MP, que até hoje não deram em absolutamente em nada!
Neste sentido, convidamos todos e todas para reforçar a greve, considerando que não existe outra alternativa a não ser a luta, luta e luta, pois só quem luta conquista.
AMANHÃ (26.06) TODOS (AS) À AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CMB, 10 HORAS
