11 de agosto – DIA NACIONAL EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

TRABALHADORES E ESTUDANTES em defesa da educação Pública e Gratuita POR UMA ESCOLA SEM CENSURA

Entidades sindicais, organizações estudantis e do movimento social realizaram atos públicos em diversas cidades paraenses, além de Belém. Dado o processo de sucateamento que a educação pública está submetida neste período recente, estimulando a ocorrência de manifestações públicas com o objetivo de denunciar as mazelas do ensino público em nosso Estado, a exemplo de Salinopólis, Bragança, Castanhal, e vários outros municípios para além da região Metropolitana do Estado.
Na quarta-feira (10) chegaram ao Sintepp imagens de uma manifestação espontânea de estudantes e da comunidade de Salinópolis da escola Dr. Miguel Sta Brigida, que deliberaram pelo fechamento da via principal de acesso à localidade. O que estava entre as reivindicações principais? A reforma do prédio e soluções práticas e efetivas que revertam a onda de violência que assola a área! O Sindicato enaltece este exemplo de aula de cidadania, demostrando para o conjunto da categoria que a luta é o único caminho para reverter o grau de precarização das escolas públicas paraenses.
O ato público de Belém, realizado nesta quinta-feira (11) reuniu centenas de lutadores sociais, com destaque para a classe estudantil, em alusão ao DIA NACIONAL EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA, que teve concentração no Mercado de São Brás, onde os manifestantes levantaram suas faixas, cartazes, bandeiras e palavras de ordem e seguiram em caminhada pela Avenida Governador José Malcher em direção a ALEPA, com o revezamento de todas as entidades e organizações na utilização do microfone do carro som para expor as denúncias de descaso dos governos federal, estadual e municipais com uma educação pública de qualidade.
Os manifestantes fizeram paradas em frente à Sede da Receita Federal, Segep, Semec, Minc e finalização na Alepa, onde foi protocolado documento direcionado ao presidente da Casa, deputado Márcio Miranda, solicitando realização em caráter de urgência de Audiência Pública “para debater a situação da educação pública e dos serviços públicos, a fim de enfrentar essa situação danosa ao conjunto da sociedade paraense”.

Mateus Ferreira, Coordenador Geral do Sintepp, comentou a importância do DIA NACIONAL DE LUTA para os movimentos sociais e o valor histórico de comemorar o dia dos estudantes com manifestação nas ruas. Além de denunciar as medidas antipopulares e de desmonte da educação pública por parte do governo ilegítimo e golpista de Michel Temer e seus aliados políticos. “O dia 11 é um dia importante pra unificar a luta por uma escola pública de qualidade. É que se comemora o dia dos estudantes e eles tem um papel significativo na sociedade brasileira e mundial. Com esta data no Brasil nós entendemos que os estudantes são o futuro do nosso país, que eles vem consolidando ao longo de décadas a história do nosso país, seja no enfrentamento à ditadura militar, seja hoje nas ruas contra o golpe dado por parte do governo brasileiro. Você tem aí manifestantes sendo presos por manifestarem a sua indignação com a conjuntura política no Brasil, participando de eventos nas olimpíadas externando o “Fora Temer”. Nós observamos vários processos como o que foi aprovado no congresso recentemente, o PLP 257, que retira direitos da classe trabalhadora, que a coloca  para pagar a conta e continua beneficiando o grande capital, os empresários e os banqueiros que estão enriquecendo mais ainda com a crise brasileira. Nós temos também a reforma da previdência que vai acabar com essa juventude e com os profissionais que estão no mercado de trabalho porque o governo pretende que uma pessoa se aposente apenas com 65 anos de idade, ou seja, não importa se ela já está há 40, 45 anos no mercado de trabalho, ela só vai poder se aposentar quando atingir os 65 anos de idade”.

Ferreira falou ainda dos prejuízos do projeto de autoria do senador Magno Malta já conhecido como “Escola sem partido”, observe. “Nós temos vários e vários projetos que atacam a classe trabalhadora, que os estudantes estão reagindo, e os professores também, e que a partir de então nós vamos fazer uma grande mobilização. O projeto “Escola sem partido” é um projeto que acaba colocando o aluno como se ele não tivesse o direito de refletir, como se ele não tivesse sequer uma mentalidade crítica. Então, querem transformar os estudantes apenas num depósito onde o professor irá chegar e transmitir o conhecimento sem caracterizar, sem debater o conteúdo que está sendo trabalhado. Veja, um professor de geografia ou de história que vai abordar o golpe militar só vai poder se restringir ao que ocorreu, sem aprofundar os traumas que aquelas pessoas viveram, as torturas que ocorreram. Logo isso é um retrocesso!”.

O Sintepp integra o Fórum Estadual em Defesa da Educação Pública, que congrega dezenas de entidades sindicais e organizações estudantis e populares e objetivam o enfrentamento aos ataques às conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras em educação, dos estudantes e da população na construção de uma sociedade justa, fraterna e livre. Contra a mordaça que querem impor aos educadores e aos alunos!

O Sintepp lembra que no próximo dia 17|08 haverá assembleia geral, às 9h, na EE. Cordeiro de Farias.

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http://sintepp.kinghost.net/2016/08/11ago-dia-nacional-de-luta-em-defesa-da-educacao-publica/

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