Projeto que extingue cargos públicos, do prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), vai ser tema de debate em sessão especial da câmara de vereadores de Belém.
A sessão especial, que será realizada no dia 1 de março, foi solicitada pelo vereador Fernando Carneiro (PSOL), que se manifesta contra a extinção de cargos, segundo ele, “Nossa proposta (da bancada de oposição) é dividir o projeto, primeiro se nomeia os 600 trabalhadores e depois debatemos esse corte de cargos”, esclareceu.
O projeto do executivo municipal prevê a extinção de cargos do funcionalismo público, sendo 21 cargos do quadro da administração direta (Agente de serviços gerais e de serviços urbanos, Auxiliar de manutenção e de pavimentação, Agente de Portaria e de vias públicas, Carpinteiro, Eletricista, Encanador, Lanterneiro, Marceneiro, Mecânico, Motorista, Operador de Máquinas Pesadas, Pedreiro, Soldador, Pintor, Telefonista, Fotógrafo, Químico Industrial e Radialista), 10 cargos na administração indireta da FUNPAPA (Agente de serviços gerais, de vigilância e de copa e cozinha, Carpinteiro, Eletricista, Encanador, Marceneiro, Motorista, Pedreiro e Telefonista) 10 cargos no IPAMB, 2 cargos na AMAE, 2 cargos na SEMOB, 2 na FUNBOSQUE e 3 cargos na FMAE. A maioria dos cargos é de nível fundamental e médio/técnico.
O que pode estar por trás desse projeto do prefeito é a terceirização dos serviços aumentando assim a exploração de mão-de-obra dos (as) trabalhadores (as), gerando desemprego e limitando a nomeação de novos servidores. E para não ficar tão “feio” e temendo o rechaço do projeto, Zenaldo anuncia que vai criar 600 cargos na SEMEC, sendo 500 para professores e 100 para técnico pedagógico. A criação desses cargos na área da educação é uma vitória para a categoria que vive na luta cobrando mais vagas na educação através de greves e paralisações. Esses novos cargos não justificam o corte de outras vagas nos níveis fundamentais e médio que o prefeito pretende fazer.
O Sindicato dos Trabalhadores (as) em Educação Pública do Pará (SINTEPP) se manifesta contrário à extinção de cargos na administração pública municipal tal como pretende o prefeito Zenaldo, sem uma análise técnica mais precisa e criteriosa, e por entender que a administração carece de mais vagas para que não aja exploração do trabalho e a máquina pública funcione com mais eficiência. O sintepp também vai acompanhar e cobrar a nomeação dos 600 cargos anunciados no projeto.