Estudantes da Escola Belina Campos, em Capitão Poço, denunciam precariedade

Na última quinta-feira, 29, os (as) estudantes da Escola Estadual Belina Campos em Capitão Poço, na Regional Nordeste II do Sintepp, tomaram as ruas da cidade em protesto contra as precárias condições daquela unidade de ensino.
A intenção dos (as) manifestantes foi chamar a atenção da sociedade e do Poder Público para a falta professores (as) em diversas disciplinas, além de denunciar a falta de espaços como a sala de leitura e o refeitório da unidade educacional que abriga cerca de 820 estudantes, distribuídos (as) entre séries que vão do Ensino Fundamental ao Médio, e a Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Desde a greve de 2013, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) já recebera as solicitações de adequação do prédio, porém as ignorou. Segundo relatos da comunidade, há mais de dois anos o espaço em que deveria funcionar a sala de leitura é utilizado como sala de aula, e o acervo vem se deteriorando com o passar do tempo. O acesso ao local também é muito ruim, uma vez que no caminho há mato e alagamento.
O refeitório da escola é um barracão de madeira improvisado, onde também se acumulam livros, já que o espaço da sala de leitura não obedece aos critérios estabelecidos na própria Portaria de Lotação da Seduc.
Além das dificuldades de infraestrutura que os (as) alunos (as) vinham enfrentando, a partir do ano letivo de 2015, com a redução abruta de carga horária do magistério, promovida pelo governo Simão Jatene (PSDB), inúmeras turmas ficaram sem professor.
Na semana passada os alunos chegaram ao limite da paciência, e resolveram realizar a manifestação pacífica no dia 28/10. A caminhada saiu da escola no início da manhã e seguiu para a sede do Ministério Público Estadual na cidade. Lá, após conversa com a promotoria, foi entregue um documento com a pauta detalhando a situação da escola, que foi elaborada inclusive pelo Conselho Escolar.

Depois a atividade continuou até o Fórum de Justiça de Capitão Poço, onde também houve reunião e entrega da pauta. A passeata finalizou em frente da 17ª Unidade Regional de Ensino (URE), com a reunião entre a comissão de estudantes e o novo gestor destacado pela Seduc para assumir a URE.
Na reunião foi produzido um relatório que será enviado para a Seduc e que pede entre outras questões uma audiência entre Conselho Escolar, alunos e governo a fim de se estabelecer prazos para a superação dos infortúnios que precarizam a educação e apontam negativamente para qualidade do ensino almejada pela comunidade.
O Sintepp está com cópia do relatório elaborado pela URE e cobrará da SEDUC a resposta, e aguarda manifestação do MPE e Tribunal de Justiça do Estado.

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