Outra reclamação é a falta de alimentação escolar.
A comunidade escolar Jarbas Passarinho, do bairro do Sousa em Belém, procurou nosso sindicato para pedir ajuda. Cansada da delonga do governo Helder Barbalho, a unidade de ensino retornou às aulas presenciais, conforme programado pela Secretaria de Estado de Educação em agosto deste ano, porém a reforma estrutural do prédio e a adequação feita pela Seduc nos espaços foram insuficientes neste retorno de atividades educacionais.
Entenda o caso
A EE Jarbas Passarinho, que em janeiro de 2021 completou 50 anos, deu entrada no pedido de manutenção do educandário junto a Secretaria desde o ano de 2017. A última informação que o Conselho Escolar recebeu foi que só em setembro de 2020 chegou à mesa da Secretária a demanda, tendo a mesma sido aprovada.
Ainda segundo a informação, ocorreu um problema na compra do telhado e que terá que se fazer um aditivo, provocando mais demora no início das obras. E é justamente no telhado que está um dos principais problemas estruturais da escola.
De uso comum a escola tem um banheiro feminino e outro masculino e o estado de degradação em ambos se assemelha ao todo do prédio. Não há tampas nos vasos, algumas cabines estão interditadas e não há sequer um dispenser de sabonete líquido nas paredes.
Atualmente alunos, professores e funcionários convivem com ventiladores quebrados, e que não funcionam, cupins nos forros e goteiras. Logo, quando chove, as aulas precisam ser imediatamente suspensas.
Além dos graves problemas na infraestrutura, falta alimentação escolar e material de expediente
Toda essa situação está fazendo com que as aulas do turno da manhã sejam encerradas todos os dias por volta das 11h15. As/os estudantes do turno da tarde são mais prejudicados ainda, em função das chuvas comuns em nossa região e pelo fato dos ventiladores não poderem ser ligados, uma vez que há risco de despencarem. O teto de toda a escola está em constante perigo de ruir e a quadra esportiva está sem uso desde 2019, pois há risco de acidentes.
A falta de alimentação escolar e a deterioração dos equipamentos e utensílios da copa são outra questão séria no grupo escolar. Há cerca de três semanas a escola só tem no estoque açúcar, arroz e farinha de tapioca.
Do retorno gradual para cá, há cerca de duas semanas atrás a escola estava sem possibilidade de fornecer água potável para o alunado, tendo um educador da unidade de ensino tirado do próprio bolso recursos para comprar material e adaptar um bebedouro para o fornecimento de água. Antes disso, alguns alunos traziam garrafas com água de casa, aumentando o volume de peso em suas mochilas que já vão abarrotadas de livros e outros materiais escolares utilitários para o cotidiano das aulas.
Essa negligência do Estado no envio de alimento escolar tem impedido o andamento das atividades educacionais, pois sem o fornecimento regular discentes precisam ser dispensadas/os mais cedo. O Sintepp recorrentemente tem denunciado estes episódios.
Fadigada de toda essa enrolação, a comunidade decidiu que até a semana que irá à Seduc e ao Ministério Público do Pará para cobrar providências!
Nós por aqui nos adiantamos! Senhor Governador, reforme a escola Jarbas Passarinho e dê à comunidade escolar a possibilidade de um retorno seguro e com condições sanitárias de ensino!
Gostaríamos de antemão de perguntar ainda à Seduc quando de fato iniciarão as obras nesta escola? Precisaremos ver o filme da EE Antônia Paes se repetir para que uma atitude seja tomada? E se o desabamento desta vez não for durante a madrugada? Quem de direito no poder público nos deve respostas e ações é o Sr. Governador Helder Barbalho!
Veja imagens coletadas por nossa assessoria de comunicação essa semana na unidade de ensino clicando aqui.
