A defesa dos direitos, e da educação pública, nunca foi uma concessão de nenhum governo, sendo todos conquistas de quem se dispôs e dispõe em lutar, mesmo sob ameaças e tentativas de intimidação, como as recentes e obtusas iniciativas de Helder/Rossieli.
No último dia 26 nossa categoria parou suas atividades para acompanhar a greve nacional, convocada por nossa Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação– CNTE, sendo aprovada em nossa Assembleia Geral, tendo ampla divulgação nas escolas e nos meios de comunicação do sindicato, e oficialmente informada à SEDUC, na perspectiva de negociação do dia paralisado.
Essa pauta nacional tem rebatimento direto em nossa realidade, com a defesa do Piso Salarial Nacional do Magistério, a revogação do novo Ensino Médio, o combate à violência à (e na) escola, além de melhores condições de trabalho.
Nossa categoria, através do chamamento do Sintepp sempre aderiu às lutas nacionais, e em nenhum momento destas lutas houve ameaças de retaliação e descontos nos dias de adesão à greve nos mais diversos governos que passaram no Pará, incluindo o primeiro governo Helder, quando o Sintepp negociou com as duas ex-secretárias de Educação – Leila Freire e Eliete Braga respectivamente a reposição de outras greves nacionais, para garantir o cumprimento do calendário letivo.
Contudo, nos causa estranheza (mas não espanto) que Helder reivindique a bandeira da democracia e do diálogo, mas feche as portas para o debate sobre a reposição do dia de greve nacional, fazendo “vista grossa” para as ordens extraoficiais exaradas pelo secretário Rossieli, para que as direções das escolas lancem nos pontos falta injustificada, e não a Falta Greve como deveria ser, e seja intransigente quanto à ameaça de desconto da paralisação, fechando-se à negociação de reposição deste dia letivo, o que sempre foi garantido às escolas, e, principalmente, aos estudantes.
Nestes cinco meses de gestão, Rossieli não responde às audiências solicitadas pelo Sintepp, não aceita debater as problemáticas da educação com nossa representação sindical, sempre se relacionando com nossa categoria de maneira vertical, impositória e intransigente.
Contraditoriamente, o atual secretário de educação, que vem assumindo uma postura extremamente arrogante e autoritária à frente desta secretaria, impôs oito sábados letivos no calendário vigente, desconsiderando todos os prejuízos alertados por nosso sindicato, além de obrigar as/os trabalhadoras(es) em educação a trabalhar de graça nesses dias, sem pagar horas extras e ainda sermos ameaçados de faltas, tendo em vista que a jornada de trabalho semanal a qual fazemos jus é cumprida de segunda a sexta nas escolas estaduais.
O Sintepp sempre teve compromisso de luta com a educação pública gratuita e de qualidade, e não se calará diante do crescente assédio e inúmeros ataques que vêm sendo praticados contra nossa categoria, perpetrados por este secretário que não conhece a realidade do Pará, e quer criar um ambiente de autoritarismo e medo na rede, o que será rechaçado por nossa categoria, como já fizemos em outros momentos e governos!
Não nos calarão!
Não nos intimidarão! Fora Rossieli já!