A sessão especial para debater a extinção dos cargos na Prefeitura Municipal de Belém convocada na tarde desta terça-feira (1) pelo vereador Fernando Carneiro (PSOL) foi inviabilizada pelo tumulto provocado por assessores pagos pelo prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB).
Na mesa, além dos vereadores Fernando Carneiro, Marinor Brito (PSOL) e Meg Barros (PROS), representantes das entidades sindicais, a Semad e o Ministério Público do Trabalho (MPT). O próprio representante do MPT, Sandoval Silva, condenou a ação do prefeito. “Não é possível imaginar que a extinção dos cargos vá resolver os problemas da administração, ao contrário cria-se um problema social”, ponderou o magistrado.
Os argumentos apresentados pela Semad não convenceram as categorias presentes. A atitude do governo afetará inúmeras carreiras, entre elas: professores, pedagogos, assistentes sociais, enfermeiros, fisioterapeutas, bibliotecários, médicos, odontólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais.
A educação, que já vem sendo penalizada pela falta de investimentos em infraestrutura e o fechamento de turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), recebe outro golpe. Com a redução de professores e pedagogos o desenvolvimento das atividades escolares será completamente prejudicado, sendo que os principais afetados serão os estudantes.
Frente ao excesso de tumulto e até mesmo agressões verbais e físicas, o vereador Fernando Carneiro suspendeu a sessão quando ainda faltavam as manifestações de três pessoas, porém outro momento será convocado. “Se a intenção destas pessoas pagas pelo prefeito para inviabilizar esta sessão era a de que suspenderíamos este debate, informo-os que não conseguirão. A sessão de hoje será suspensa, no entanto já aviso que o debate não se esgota aqui. Em breve convocaremos uma audiência pública nesta Casa e o governo nos deve respostas, especialmente em relação à incompatibilidade dos números no portal da transparência”, explicou o vereador ao encerrar a sessão.