O governo do estado, através da Secretaria Estadual de Educação – Seduc empreende um processo incansável de ataque aos direitos e à própria educação pública do nosso estado com o objetivo expresso de pavimentar o caminho para a privatização da escola pública.
O projeto tucano de mercantilização do ensino público apresenta várias diretrizes, uma dessas se materializa na prática recorrente de reduzir a carga horária da Jornada de Trabalho de professoras e professores, reduzindo assim o salário de todos.
Isto está acontecendo com os (as) professores (as) lotados (as) nos espaços pedagógicos, salas de apoio fundamental para o sucesso do trabalho realizado pelas professoras (es) regentes.
Os (as) professores (as) dos espaços pedagógicos vinham sendo lotados (as) com jornada de trabalho de 200h/a, sendo 150h/a de regência e 50h/a de hora atividade, no turno da tarde. Aos lotados (as) no turno da noite a jornada de trabalho disponibilizada era de 100h/a de regência e 25h/a de hora atividade. Ocorre que agora a orientação da Seduc é lotar todo mundo com 75h/a de regência e 25h/a de hora atividade, o que tem provocado uma procura em massa por carga horária de regência de classe.
Está claro que isto visa esvaziar os objetivos dos espaços pedagógicos e justificar o fechamento dos mesmos, retirando o direito constitucional de crianças, adolescentes e jovens a uma educação pública de qualidade.
Por conta das diversas denúncias, o SINTEPP esteve na tarde de hoje na Seduc, através de seu coordenador geral, Mateus Ferreira em reunião com a secretária adjunta de ensino, professora Ana Cláudia Hage e representantes do setor de lotação da secretaria, para discutir o problema procurar alternativas para solucioná-lo.
Como resultado ficou acordado que a Seduc/SAEN, irá avaliar a possibilidade de garantir a lotação em até 220h/a para os (as) professores (as) dos projetos (Mundiar, Mais Educação, Escola de Tempo Integral e Espaços Pedagógicos) e, imediatamente, lotar com 100h/a de regência de classe os (as) professores (as) dos espaços pedagógicos, a partir de 1º de setembro.
O Sintepp irá acompanhar, como sempre fez, toda essa situação cobrando o governo para que a nossa categoria e os (as) estudantes não sejam subtraídos em seus direitos.