APRESENTAÇÃO
“Se a floresta acabar, não vai
ter chuva e sem a chuva
não tem o que beber,
nem o que comer.”
Davi Kopenawa
E se a Amazônia se transformasse toda em pasto? Estudos apontam que cerca de 25% de chuvas deixariam de cair no Brasil, resultando em várias consequências desastrosas ao nosso clima, como o aumento da temperatura. E são vários os culpados, dentre eles o agronegócio, um dos responsáveis diretos pela destruição da mata virgem, que só visa o lucro e possui apenas 6% da água que consome, mas subtraí 70% da água potável dos reservatórios brasileiros, fazendo as já combalidas reservas hídricas diminuírem e todos pagarem por isto.
Diversas são as justificativas inventadas para a expropriação de recursos da ciência e educação pública, pois nelas se encontram os únicos argumentos científicos que denunciam a ganância que derruba a floresta para expandir seus negócios predatórios em terras da União, que por sua vez convenientemente, incentiva a destruição do meio ambiente para saciar a gana de latifundiários, fazendeiros, grileiros, madeireiros, da pesca predatória, do agronegócio e das mineradoras. Todo esse cenário de devastação foi fortemente acentuado no governo Bolsonaro: a Amazônia arde em chamas, morte e destruição!
O Brasil é o 4º pais no mundo que mais mata ativistas que defendem os direitos humanos. Foram mais de 600 assassinatos somente nas últimas décadas, e muitos deles continuam até hoje sem a devida apuração criminal e sem a punição aos verdadeiros mandantes. Nossos povos originários estão sendo dizimados na Amazônia, nossos rios contaminados pelo mercúrio e outros poluentes. O legado de Chico Mendes, Dorothy Stang, do casal de extrativista José Cláudio e Maria do Espírito Santo e o mais recentemente assassinato do indigenista Bruno Araújo e do jornalista Dom Phillips recolocaram o Brasil no mapa de país que mais assassina ativistas que defendem a preservação do meio ambiente, reacendendo um triste histórico brasileiro ligado a esta questão. Portanto, urge a retirada dessa lógica bolsonarista e ultradireitista do poder e a luta por uma inversão dessa postura perversa de ataques ao meio ambiente, aos povos da floresta e de sucateamento dos serviços públicos prestados ao povo brasileiro.
Assim, o XXIII Congresso Estadual do Sintepp emerge em contraposição a um momento de profunda negação à ciência, fragilização do SUS, sucateamento da educação e saques a nossa biodiversidade. Tudo isto, aprofundado por uma pandemia que ceifou milhares de vidas, que poderiam ter sido evitadas se não fossem as ações genocidas de um governo que despreza a vida e os serviços sociais de ajuda a população.
Segundo a UFPA, cerca de 60% dos domicílios da Região Norte sofrem com algum tipo de insegurança econômica, social e alimentar, resultado do desamparo das esferas de governo em nosso país. A miséria se amplia país afora e é cada vez mais comum pessoas em condição de rua e revirando latas de lixo em busca de algo para alimentar a si e seus filhos. Não é possível normatizar a fome!
No Pará o gov. Helder e os prefeitos da Região Metropolitana souberam fazer um grande marketing com a vacinação contra o coronavírus, mas foram ineficientes no amparo aos mais necessitados, deixando rastros de muita propaganda, porém, pouca eficiência no combate à fome.
Em plena pandemia, o Sintepp continuou na luta pela preservação da vida e para que os gestores não usassem a desculpa da Emergência Sanitária decorrente do vírus SARS-CoV-2 para subtrair direitos históricos da categoria. Helder foi forçado, em decorrência dos inúmeros atos públicos realizados em todo o Estado, a divulgar o reajuste de 33,24% do Piso Salarial, recorrendo a artimanhas jurídicas engendradas por seu governo para não reconhecer esse direito. A capital e a maioria dos prefeitos ainda descumprem essa legislação.
Então nosso XXIII Congresso tem por objetivo intensificar a luta para que as prefeituras cumpram com o que determina a Lei do Piso Salarial, por Reajuste Geral de Salários e por Valorização de todos os Funcionários da Educação Pública em nossa Região.
Por isso, convidamos todas as trabalhadoras e trabalhadores em Educação Pública do Pará a participarem deste grande e importante encontro! Serão dias de formação sindical e profissional que visam acumular o debate sobre nossas carreiras na Educação, além de elaborar um plano de lutas que balizará a atuação de nossos dirigentes sindicais nos municípios onde o Sintepp se organiza, construindo uma luta firme em favor da educação pública, da valorização profissional de educadores paraenses e por justiça social.
Fonte: https://piaui.folha.uol.com.br/o-mundo-sem-amazonia/
João Moreira Salles e Bernardo Esteves|17 out 2019_17h59
Período para tiragem de delegados/as: 15 de agosto a 15 de setembro de 2022.
Materiais Grupos de Trabalho:
PROGRAMAÇÃO
QUI | 24 DE NOVEMBRO DE 2022 (1º DIA)
• 08h00 – Credenciamento
• 09h00 – Abertura
• 10h00 – Aprovação do Regimento Interno
• 10h30 – Palestra Magna: O mundo do trabalho, educação, ciência, saúde e o meio ambiente: desafios do nosso tempo
• 12h00 – Almoço
• 14h00 – Apresentação das propostas de resoluções
• 14h00 – Encerramento do credenciamento do 1º dia
• 15h00 – Suspensão do Congresso
SEX | 25 DE NOVEMBRO DE 2022 (2º DIA)
• 08h00 – Credenciamento
• 08h00 ÀS 10h00 – GRUPOS DE TRABALHO
– GT|01 – A luta das mulheres no século XXI
– GT|02 – O papel das trabalhadoras e trabalhadores em educação no desenvolvimento da prática antirracista no cotidiano escolar
– GT|03 – Valorização das trabalhadoras e trabalhadores em educação: PCCR Unificado e profissionalização
– GT|04 – A chaga da violência nas escolas: controle e coação
• 10h00 às 12h00 – GRUPOS DE TRABALHO
• GT|01 – A luta pela revogação da Reforma do Ensino Médio
• GT|02 – Os desafios para a garantia de uma Gestão Democrática nas escolas
• GT|03 – Saúde do Trabalhador
• GT|04 – A população LGBTQIAPN+, a diversidade e os desafios da invisibilidade institucional
• 12h00 – Encerramento do credenciamento
• 12h00 – Almoço
• 14h00 às 16h00 – GRUPOS DE TRABALHO
• GT|01 – Política Educacional
• GT|02 – Política Sindical
• GT|03 -Reforma Estatutária
• GT|04 – Conjuntura, Balanço e Plano de Lutas
• 19h00 – Jantar
SÁB | 26 DE NOVEMBRO DE 2022 (3º DIA)
• 08h00 – Palestra – Financiamento da Educação: Fundeb e Precatórios
• 10h00 – Plenária Final
• 12h00 – Almoço
• 14h00 – Plenária Final (cont.)
• 18h00 – Encerramento do congresso
• 19h00 – Jantar
• 22h00 – Programação cultural (Banda “Os Vingadores do Brega”)