Na última quinta-feira, 10, nosso sindicato realizou uma manifestação em frente ao IASEP para denunciar a piora severa no atendimento que associadas (os) vêm sofrendo com o descredenciamento de clínicas e hospitais, o que tem gerado uma série de constrangimentos, humilhações e prejuízos incalculáveis à saúde dos (as) servidores (as) e seus (suas) dependentes. Ocorrendo ainda nesta data uma reunião com a nova presidenta do Órgão, Josynélia Raiol.
Os indícios de malversação dos recursos no Instituto saltam aos olhos, ainda mais porque o desconto de associadas (as) é feito diretamente nos contracheques, religiosamente em dia, sem que haja nenhuma inadimplência por estas (es) nos repasses ao plano.
O governador Helder Barbalho, sabedor dessa crise há mais de um ano, sustentou à frente do Órgão um presidente, mesmo com várias cobranças e denúncias feitas pelo Sintepp e pelo Fórum Paraense de Entidades Sindicais. Ou seja, ou ele é cúmplice ou prevaricara ao manter por tanto tempo o agora ex-presidente do Instituto, Bernardo Almeida, que foi exonerado durante o mês de julho, sem alarde.
A reunião com a nova presidenta foi cordial, com várias demonstrações de boa vontade por parte dela, mas com muitas lacunas ainda a serem preenchidas e questionamentos a serem elucidados.
De acordo com a presidenta, a nova gestão está empenhada em retomar o atendimento com os hospitais credenciados, realizando pagamentos atrasados, mas com um recorte de janeiro de 2023 para cá, ficando as dívidas anteriores para serem auditadas, com pagamento a ser negociado.
Com isso, a expectativa é de que todos os hospitais anteriormente credenciados voltem a atender normalmente, com algumas exceções de especialidades que ainda estão em negociação, como é o caso da pediatria e oncologia no Porto Dias, que foram redirecionadas para outros hospitais.
Em relação às Clínicas e de toda a rede ambulatorial e de exames, a expectativa, segundo a presidenta, é de que em até dois meses a maioria, senão todos os atendimentos, sejam normalizados.
Além da denúncia de todo essa problemática, o SINTEPP, representado por seu coordenador Beto Andrade, cobrou uma auditoria nas contas do IASEP e a responsabilização de quem levou o Instituto a esse patamar de problemas, o que prejudicou, sobremaneira, nossa categoria, assim como todo o serviço público paraense.
Os demais representantes presentes também cobraram que seja instituída a Ouvidoria do IASEP, que de fato o Órgão funcione e que o governo cumpra a lei e realize a eleição para o Conselho de Administração do plano, com a participação das entidades sindicais.
A presidenta reconheceu diversas falhas e garantiu que só haverá pagamento daquilo que for devidamente auditado, além da necessidade de se informatizar todo o controle dos procedimentos, especialmente o das internações.
Uma nova reunião ficou indicada para meados de setembro, onde será possível avaliar se há resultados práticos de melhoria no atendimento e avanço na transparência da utilização desses recursos que são públicos (contrapartida do governo) e de cada servidor (a) associado (a).
O IASEP tem que funcionar! Saúde não espera!
Exigimos melhorias, já!
Governador, cadê o dinheiro do IASEP?
Sigamos lutando!