O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Pará – SINTEPP – Regional Nordeste 1 vem repudiar veementemente as atitudes do governo Bolsonaro, que em todas as suas manifestações públicas não reconhece a gravidade do Coronavírus – COVID 19, inclusive usando termos como “gripezinha”, contrariando as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e o perigo que o avanço da pandemia vem ocasionando em diversos países. Não podemos permitir que o “chefe da nação brasileira” tenha tamanha irresponsabilidade com o povo brasileiro.
Temos nos mantido firmes e coerentes nas decisões que tomamos para salvar vidas, pois a situação requer que nestes primeiros momentos, para evitar um maior índice no pico da pandemia, o isolamento social funcione para frear o avanço do vírus, e para isso o governo precisa inverter as prioridades, pois o Sistema Único de Saúde (SUS) no auge do pico da pandemia já não terá leitos ou qualquer estrutura para garantir o mínimo aos pacientes, ou seja, entraremos em colapso total no sistema de saúde.
O SINTEPP/N1 entende o momento de crise e instabilidade econômica que assola o país, porém a população não pode morrer de coronavírus ou de fome. Somos um país com aproximadamente 30 milhões de pessoas sem carteira assinada e já chegamos a 13 milhões de desempregados. As péssimas condições de vida desta parcela da sociedade tornam-se um dos fatores vulneráveis para o crescimento do coronavírus principalmente àqueles que sobrevivem nas favelas das nossas cidades.
O governo precisa urgentemente aprovar um projeto de renda mínima para aqueles que mais necessitam de estrutura financeira para enfrentar a pandemia e contribuir com o país sem a disseminação desta doença. Por isso hoje, “ficar em casa não pode ser um dever e sim um direito do trabalhador” e o Estado tem a responsabilidade de dar as condições necessárias para que o/a trabalhador/a fique em casa neste momento.
Precisamos intensificar e cobrar dos governos mais seriedade com a pandemia, preservando apenas as atividades essenciais e possibilitando as condições estruturais, como: Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e a não extrapolação de jornadas de trabalho, com todas as medidas de valorização e proteção, inclusive de suas famílias.
Ressaltamos que continuaremos nossa luta para superar essa pandemia, resguardando nossa comunidade escolar. O final desse processo deverá ser o reinício de nossas batalhas por valorização e melhores condições vida, trabalho e dos serviços públicos.
Ediana Melo e Álvaro Nazareno – Coordenação Geral da Regional Nordeste 1 do SINTEPP.