A categoria manteve a atividade de ontem, 4, no Hangar, com apresentações literárias e de música regional e depoimentos de apoio ao movimento grevista que chega nesta sexta-feira (5) ao 72º dia.
A greve, iniciada no final de março, foi motivada pela intransigência do governo Jatene|Helenilson (PSDB), que além de reduzir abruptamente salários, não conseguiu dar celeridade à pautas como cumprimento do piso nacional, Lei da Jornada e Aulas Suplementares, concurso público, reforma das escolas, entre outras.
As atividades da quinta-feira (4) foram definidas no final do dia anterior, quando a categoria, que está acampada na XIX Feira do Livro desde o dia 01.06, avaliou que manter a mobilização era primordial para mostrar a sociedade paraense quais os reais motivos da continuidade da greve.
O Sintepp agradece ao Sarau Multicultual que mantém a Feira do Livro dos Excluídos no local e aos grupos de cultura regional Curimbó de Bolso, Curuperé e Convivas. Durante a apresentação dos grupos professores da EE. Eneida de Morais declamaram o poema Batuque, de Bruno de Menezes, a interpretação foi da professora Márcia Vasconcelos.
Também fica nossa estima ao Grupo Literário Samaúma, dos professores Max Borges e Sinval Santos e ao poeta Clay Souza, professor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.
A atividade se encerrou com ato político que contou com explicações da Coordenação do Sintepp sobre o andamento da paralisação, intervenção do Comando de Greve da UFPA e depoimento de apoio à greve feita pelo estudante André Malcher.
Os grevistas confirmaram a seguinte programação para esta sexta-feira (5):
10H – Feira dos Excluídos
11H – Oficina de fanzine, Sarau e Batuque (participação do grupo Solar das Artes)
14h30 – Aula pública e roda de conversa com Nazareno Tourinho
16h – Assembleia geral, na EE. Cordeiro de Farias
O Sintepp ainda aguarda retorno do governo sobre as pendências da greve e as condições apresentadas pela categoria:
- Suspensão do desconto de greve (Depois de anunciar e executar o desconto de 4 dias no mês de março, o governo, em uma ação punitiva a categoria, diz que descontará 10% ao mês de greve);
- Lotação (Garantia de extrapolação de até 260h em regência. O governo, que falava em 220h (Em cumprimento a Lei 8030/14) tem aplicado lotação abaixo de 150h reduzindo ainda mais a remuneração);
- Pagamento imediato do retroativo do piso (O governo insiste que pagará o retroativo em parcelas, sendo duas este ano e duas em 2016);
- Cronograma de reforma das escolas (Em negociação com o Sintepp, o governo anunciou que teria uma relação de 100 escolas em processo licitatório, porém até agora só repassou para o sindicato confirmação de reforma em 22 escolas);
- PCCR unificado (Envio imediato do PL para apreciação da Alepa).
Portanto, todos à assembleia geral de daqui a pouco na EE. Cordeiro de Farias para avaliarmos conjuntamente os rumos do movimento. As mentiras de Jatene não intimidarão a categoria. Junte-se à nós fortaleça nossa entidade. Venha para o Sintepp.
