Professores de Mojuí dos Campos vem a público repudiar a nota emitida pela Secretaria Municipal de Educação – SEMED, veiculada em mídia social, que justifica a redução salarial desta categoria, alegando que não houve repasse do FUNDEB suficiente para o pagamento integral dos profissionais. Esse corte salarial se configura em um ataque cruel da Administração a esse segmento, considerando o momento delicado que todos vivemos.
Não podemos deixar de frisar que o salário do servidor tem finalidade alimentar, ora, sendo assim, qualquer redução ou corte de natureza pecuniária no salário do servidor representa, não somente redução em seus alimentos, mas também em sua capacidade de oferecer aos seus familiares as condições necessárias para um bom enfrentamento ao novo coronavírus.
Salientamos que no dia 04 de maio de 2020, representantes do sindicato já haviam se reunido com o prefeito para reivindicar o desconto que ocorrera no pagamento do mês de abril e em ata, foi registrado que 50% faltante referente às horas complementares será reposto na competência de junho e os 13,33% no decorrer do ano letivo de 2020.
Importante informar que, após pandemia, quando do retorno das aulas, estas serão repostas em sábados letivos, feriados e período de férias para cumprir, da melhor maneira possível, a carga horária do ano letivo. Portanto, não haverá prejuízo no ensino aprendizagem de nossos alunos. Logo, não entendemos o porquê de tal medida arbitrária e desumana para conosco.
E nossos vereadores? O que dizem dessa situação? Será que eles nos defendem? Lutam com a gente? Será que houve desconto de seus proventos? Pois no próprio Portal da Transparência (que devia ser transparente), só há informação até o mês de março. Infelizmente e historicamente, a corda só arrebenta para o lado mais “fraco”. É uma afronta querer sacrificar ainda mais as classes trabalhadoras com a redução de salários.
Reiteramos nosso repúdio a qualquer forma de redução salarial ou retirada de direitos de professores (as) e funcionários (as). Exigimos que o governo cesse qualquer medida que venha a retirar direitos historicamente conquistados pela categoria.
A melhoria da educação passa pela valorização profissional, cujos marcos legais garantem, desde a Constituição Federal de 1988, a LDB de 1996, a Lei do Piso em 2008, salários e condições de trabalhos dignas como um dos pilares para a qualidade educacional. Não é retirando direitos, sacrificando a carreira e reduzindo vencimentos, que chegaremos a melhoria da educação. Ao contrário, medidas como as pretendidas por esse governo vão na contramão do que é necessário para o aumento da qualidade educacional.
Em defesa da Educação pública!
Em defesa dos serviços e servidores Públicos!
Mojuí dos Campos, 04 de junho de 2020.
Ailson da Mota de Jesus
Alcione Rodrigues de Andrade
Alex Pereira da Silva
Ana Elizama Lima de Matos
Ana Isabela Araújo Santos
Ana Maria Cunha da Silva
Anna Paula Ramos Pimentel
Ananda Bento Laranjeira Fonseca
Augusto Celso Repolho de Oliveira
Aurélia de Jesus Galúcio
Antônia Clelma Lobato Azevedo
Daisiane Simoni Amaral
Derliane Batista Rêgo
Diego Ramos Pimentel
Elioenay Gentil
Elisamar Santos Vilasboas
Eloane Lima Feitosa Vieira
Ezequias de Souza Ferraz Júnior
Francineia de Sousa Lima
Janderson Azevedo Ferreira
Josiane Lopes Aguiar
Josiane Oliveira da Silva
Lenice Sousa do Carmo
Luciana Marinho Machado Rodrigues
Luciane dos Santos Carvalho
Márcia Daniely Rocha Paiva
Márcia Silva Damasceno
Maria Edileuza Silva
Maria das Graças de Aguiar Portela
Maria Francisca Costa de Sousa
Marli Gadelha Mendes
Marlisson Sousa de Andrade
Paulo Roberto Ferreira
Rafaela de Jesus Oliveira
Raimunda Moura Maciel
Roberlando Fernandes da Silva
Rosimary Siqueira d Sousa