Chega ao número de 89 os municípios que confirmaram adesão a greve na Rede Estadual de ensino já neste terceiro dia de paralisação. Ainda que o secretário de educação, Helenilson Pontes, afirme levianamente que o movimento é do Sintepp, torna-se cada vez mais visível o expresso apoio de pais e estudantes.
Só nesta sexta-feira (27) ocorreram atos e manifestações, além de Belém, em Capanema, Marabá, Breves, Mãe do Rio, Castanhal e Tucuruí. No final de semana haverá panfletagem em praças e feiras. A partir da próxima semana diversos atos tomam conta do Pará inteiro.
Sem ter respostas para a categoria, o governo opta por tentar descredenciar um movimento legítimo. Como questionar uma greve que se inicia com cerca de 70% das escolas paradas? Este governo que nunca respeitou a educação põe a prova nosso poder de organização, isso não iremos aceitar. E nossas respostas serão mais atos e mobilizações.
Existem pontos na pauta que a comunidade escolar não abre mão. Repetidas vezes o Sintepp esclareceu: este movimento não é somente por salários, existem urgências na educação a que o governo está em débito há mais de cinco anos. Isso sem levar em consideração os outros tantos anos que o PSDB esteve a frente do governo.
A marca deste governo é o ataque, levado até as últimas consequências e custeado com dinheiro público. A nossa é e sempre será a organização e a unidade. O maior sindicato de trabalhadores da região Norte do país não se curva a governo nenhum. A greve está mantida e só será suspensa quando a base decidir.
O objetivo principal da greve é a não retirada de direitos e o estabelecimento de condições dignas de trabalho. A possibilidade de pagamento do piso não configura o pagamento. A imposição de redução de jornada prejudica o trabalhador e reduz ferozmente seu salário. A crescente violência nas escolas está levando a sociedade ao caos e a demora na execução das reformas não possibilita que as aulas sejam ministradas.
A agenda de atividades está intensa. Inclusive com ações espontâneas da comunidade escolar. Junte-se a nós neste importante movimento em defesa da educação pública.
Observe a agenda da greve:
28/03 (sábado)
1. Panfletagem nas feiras de Icoaraci, Guamá e Cabanagem, às 7h
2. Reunião com a comunidade no Temistocles de Araújo (Marambaia), às 8h
3. Reunião dos estudantes, às 9h, no Sintepp Estadual
29/03 (domingo)
Ato praça da República, às 9h
30/03 (segunda-feira)
1. Ato público DAOUT, às 8h, na EE. do Outeiro
2. Reunião de organização do Ato do DAENT de 01/04, às 15h, na EE. Cordeiro de Farias
3. Reunião do Comando na Luiz Nunes 15h
4. Reunião na EE Eunice Wiver (DASAC), 8h
31/03 (terça-feira)
1. Ato público DAICO/DAOUT às 9h, concentração da EE. Serra Freire e RE. Palmira Gabriel
2. Debate EE. Frei Daniel (DAGUA), às 9h
3. Manifestação em São Domingos do Araguaia, às 16h
01/04 (quarta-feira)
1. Ato público DASAC, concentração Pedro Alvares Cabral com Arthur Bernardes, às 9h
2. Ato público das escolas da Cidade Nova e Guajará. concentração: EE. Lucy Correa de Araújo, às 9h
3. Ato público DAGUA, concentração Av. José Bonifácio (São Brás), às 9h
4. Ato público DABEL, concentração: EE. Orlando Bitar, às 9h
5. Ato público DABEN, concentração: Av. Independência, às 9h
6. Ato público DAENT, concentração: Centro 4, às 9h
7. Ato público DABEN, concentração: EE. Comandante Klautau (Tapanã), às 9h
8. Ato público Marajó, concentração: EE. Elizete Nunes (Breves), às 8h
06/04 (segunda-feira)
Mobilização nas escolas
07/04 (terça-feira)
Ato contra a PEC de extinção dos concursos públicos
08/04 (quarta-feira)
Ato público, concentração: Trevo do Satélite, às 9h
09/04 (quinta-feira)
Assembleia geral, 9h
Só avança quem luta!