Em 2013 o governo Jatene (PSDB) apresentou cronograma de reforma das escolas, elaborado pela Secretaria Adjunta de Logística Escolar/Secretaria de Estado de Educação (SALE/SEDUC) que apontava na tabela de obras licitadas em andamento o valor de R$ 6.136.901,23 para construção da EE. De Ensino Médio Profissionalizante Celso Malcher, no bairro da Terra Firme, em Belém. No entanto, passados três anos, a realidade da unidade ensino é bem diferente.
A história de espera desta Escola por resolução dos problemas de infraestrutura já é antiga na Seduc, sendo fruto de denúncia da comunidade escolar e do Sintepp inúmeras vezes, comprovando a atividade desprezível de um governo que repugna ver seu povo receber educação pública, e que negligência a qualidade de ensino ao extremo.
Para suprir a demanda do bairro, que necessitava de mais escolas, a unidade foi fundada de modo improvisado em um antigo galpão que anteriormente serviu de depósito de materiais de construção.
No ano de 2006, após muita pressão popular, considerando o iminente risco de incêndio e outros problemas estruturais que apresentava o galpão, os alunos foram transferidos via assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre governo, órgãos fiscalizadores, a sociedade civil organizada e a comunidade para o salão paroquial da Igreja Católica de São Domingos. Somente no salão da Igreja a escola permaneceu por mais de sete anos, sem que o governo não apresentasse outra solução que não fosse a transferência dos estudantes para escolas das “proximidades”, que diretamente provocaria o fechamento da escola, mesmo sendo esta uma das três únicas escolas do bairro da Terra Firme, e que em dados disponíveis no próprio site da Seduc atende uma demanda de mais de 600 alunos do I ao 9 anos e mais de 300 do Ensino Médio enturmados para 2016, sem falar de dos matriculados nos ensinos fundamental e médio do Projeto Mundiar, totalizando atualmente mais de 1.000 alunos matriculados nos três turnos, demanda que se mantém equivalente em todos estes anos.
A comunidade relata que enquanto aguardava as obras de reforma da escola foi informada que o governo considerou que no local passaria a funcionar uma Unidade Integrada ProPaz (UIPP). Após novas pressões da comunidade, e extrema preocupação com o fechamento da escola, os alunos foram encaminhados para uma unidade de ensino que já havia tido parceria coma Rede Celpa. O maior dos problemas? O local estava completamente desestruturado.
E desde que foram transferidos da paróquia para prédio da escola da Celpa a herança recebida foi de uma estrutura totalmente defasada, com condições precárias para receber os alunos. Observe algumas das imagens recentes de áreas externas e internas da escola:
A comunidade relata ainda que conviver com a constante falta de água na escola é entristecedor, pois a bomba que puxa água para os andares superiores vive em pane, apesar dos esforços feitos pra consertar a mesma.
Outra denúncia é a constante falta de merenda e falta de iluminação, sendo problemas gravíssimos que afetam o funcionamento das aulas em todos os turnos, e que no caso especifico do turno da noite inviabiliza o cumprimento do calendário, pois deixa alunos e educadores mais ainda vulneráveis à violência urbana que assola a área.
Alunos, pais e funcionários estão no limite da paciência, uma vez que já buscaram diálogo com a SEDUC, já denunciaram para os órgãos fiscalizadores e apontam que o precisam de imediato é uma bomba nova para garantir o fornecimento de água de todos os andares, a normalização da entrega de merenda escolar e conserto da iluminação para garantir que o turno da noite funcione por inteiro e não pela metade. A pergunta que paira: o que foi feito com os recursos que o governo divulgou que havia reservado para a escola?