O Sintepp recebeu essa semana uma denúncia referente ao descaso com a reforma e os reparos emergenciais para o breve retorno das aulas presenciais da EEEF Nossa Senhora de Fátima II, na Rua 8 de Maio, bairro da Agulha, no Distrito de Icoaraci, em Belém.
Há 47 anos atuando na comunidade escolar icoaraciense, a unidade de ensino funciona como um dos corredores centrais no atendimento à educação da população daquela região.
Ainda na modalidade online, a comunidade enfrenta a vulnerabilidade econômica, visto que nem todas as famílias de discentes dispõem de recursos tecnológicos ou mesmo acesso a internet para acompanhar as aulas virtuais.
No mais, entre os problemas urgentes está o comprometimento na rede elétrica, que já se encontra com laudo de interdição expedido pelo Corpo de Bombeiros, a má estruturação do telhado e falta de mobiliário (tais quais: bebedouros, mesas e cadeiras para estudantes e freezer para acondicionar a alimentação escolar).
Ocorre ainda que desde março desse ano a comunidade escolar organizou um abaixo-assinado e o protocolou junto a Secretaria de Estado de Educação do Pará solicitando urgentemente a realização dos reparos emergenciais e da reforma da escola. No entanto, somente em agosto a SEDUC expediu, via Ordem de Serviço, a Prestação de Serviços Eventuais de Manutenção Predial, Preventiva e Corretiva da instituição (veja cópia do documento clicando ao lado).
Mesmo com inúmeras visitas da comunidade escolar à Secretaria de Estado de Educação do Pará, até o momento nada foi feito, e se não bastasse a Secretaria Adjunta de Logística da SEDUC alega ter “perdido” a OS. A última delas foi na 2ª quinzena de novembro, quando a Direção de Recursos Técnicos e Imobiliários informou a um grupo de professores que a Ordem de Serviço ainda não havia sido “encontrada” e que assinaria outra, mas que a Secretaria Adjunta de Logística estava se recusando pó documento.
Enquanto a Secretaria de Estado de Educação do Pará faz o velho jogo de empurra-empurra, a comunidade escolar Nossa Senhora de Fátima II continua correndo o risco por conviver em um ambiente insalubre e inadequado, e tendo que lidar com as recorrentes solicitações de transferência de alunos (as) por pais e responsáveis.