Categoria rejeita proposta do Governo Helder e mantém luta pelo reajuste salarial

Na manhã desta sexta-feira, 26, nossa categoria realizou uma das mais participativas atividades deste ano de 2019. Num debate caloroso e democrático, mostramos nossa força e anseio por valorização permanente.

Durante a atividade contamos com a valiosa contribuição do DIEESE, cujo representante – Ewerson Costa – expôs o complexo cenário econômico nacional e local, localizando o tamanho de nosso desafio frente a essa conjuntura adversa para os trabalhadores de todo Brasil. Foi demonstrada a estagnação econômica que interfere na dificuldade de se avançar no limite de gastos impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O Estado do Pará praticamente já atingiu seu limite máximo de gasto com pessoal.

A proposta enviada pelo governo (ver aqui) previa um abono contínuo de R$ 323,05[¹], sendo discutida em setembro a possibilidade de incorporação do mesmo de acordo com a possibilidade fiscal. Importante salientar que na mesa a posição do governo era de que o abono proposto só seria retirado na ocasião de sua incorporação, e caso ainda não houvesse limite fiscal em setembro o mesmo permaneceria até que fosse possível sua incorporação.

Além disso, foi apresentada no documento a possibilidade de realizar os enquadramentos do PCCR,  e a previsão na LDO (defendida pelo SINTEPP) de uma política de valorização permanente.

Embora a votação pela rejeição da proposta apresentada tenha sido bem apertada, o sentimento de lutar por um reajuste salarial, e não uma política de abono, expressa o sentimento de nossa categoria como um todo, que decidiu por manter a pressão sobre o governo pelo cumprimento das promessas de campanha.

Importante ressaltar que nosso sindicato não mediu esforços para mobilizar e informar a categoria, sendo a nossa a única categoria até aqui a receber uma proposta, mesmo  que insatisfatória.

Sendo assim, nossa categoria aprovou uma contraproposta que seria o reajuste do Piso praticado hoje (R$ 1.975,31) para o valor do Piso 2017 – R$ 2.298,80 – no vencimento base (cerca de 16,38%) e que em setembro o governo integralizasse o restante de piso devido, atualizando o valor para o Piso de 2019 – R$ 2.557,74 (cerca de mais 11,25% sobre os R$ 2.298,80 no vencimento base).

Além da Manutenção do Estado de Greve foi ainda aprovada a agenda de lutas a seguir:

01/05 – Ato Unificado do Dia do Trabalhador;

06/05 – Paralisação Estadual para buscar negociação e respostas do governo Helder;

09/05 – Assembleia Geral para analisar a negociação e decidir os rumos do movimento.

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[1] REFERENTE À DIFERENÇA DO PISO PAGO ATUALMENTE (R$ 1.975,31) PARA O PISO 2017 (R$ 2.298,80).

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