Assembleia Geral. É hora de defender a vida!

1. O Sintepp, ao longo da Pandemia, realizou várias lives e assembleias virtuais para manter nossa categoria mobilizada e informada, sendo que sobre a questão do retorno às aulas presenciais nas redes públicas de ensino, a posição da categoria foi sempre unânime em definir que este retorno presencial só após a imunização de todos/as trabalhadores/as em educação. Além da imunização, que passa obrigatoriamente pela segunda dose da vacina, são necessárias as garantias de segurança sanitária a Covid-19 estabelecidas pela OMS.

2. Embora o processo de vacinação avance, no Estado do Pará e no Brasil esse percentual ainda é insuficiente para se chegar à imunidade coletiva, quando comparamos com o conjunto da população.

3. Isso se agrava ainda mais com a chegada na nova variante, a Delta, ao Pará. Como as pesquisas já indicam, essa variante é bem mais contagiosa e letal que as demais, além de não ser contida apenas com uma dose da vacina.

4. Afora isso, se considerarmos que além de ainda não haver o ciclo completo de imunização dos/as trabalhadores/as, sequer foi garantida a primeira dose aos estudantes, que continuarão sendo contaminados e transmissores desse vírus, que já ceifou a vida de mais de meio milhão de brasileiros/as. Muitas dessas vidas de colegas de trabalho, amigos e familiares, não nos permitindo relaxar neste momento, e mantendo firme a defesa da vida.

5. A proposta do governo Helder de retorno às atividades no formato híbrido é inexequível, principalmente pela falta de apoio para a garantia das aulas virtuais. Não existe possibilidade considerando a condição social dos alunos e o empobrecimento dos/as trabalhadores/as em geral, e em especial de nossa categoria, pelo não pagamento do Piso do Magistério.

6. Além do mais, há várias escolas sem as condições estruturais e pedagógicas para garantir a segurança sanitária do retorno presencial, seja pela estrutura física inadequada, seja pela completa falta de conectividade, ou pela falta de serventes, merendeiras, auxiliares de secretárias e vigias.

7. O Governo Helder engana a população ao afirmar que os pais poderão optar pelo ensino presencial ou remoto, visto que os/as professores/as, ao retornarem com as aulas presenciais, estarão cumprindo suas cargas horárias na escola, sem ter as condições para realizar atividades remotas, nem mesmo a obrigação de realizá-las.

8. Os estudantes terão ainda mais prejuízos pedagógicos com esse formato, pois além de ficarem sem o vale-alimentação escolar, os mesmos terão apenas uma vez por semana a garantia da merenda escolar e de aulas efetivamente.

9. É inexplicável a pressa do governo, depois de um ano e quatro meses mantendo (CORRETAMENTE) as aulas presenciais suspensas, faltando apenas um mês para a imunização de nossa categoria, querer impor esse retorno que o próprio governo sabe que é inviável.

10. Sendo assim, não nos resta outro caminho a não ser orientar a categoria a rejeitar o chamado da Seduc para com as aulas presenciais, mantendo as atividades remotas.

11. Realizaremos na próxima quarta-feira, 04, uma Assembleia Geral da categoria para deflagração de uma GREVE GERAL SANITÁRIA em defesa da vida e pelo pagamento do Piso do Magistério.

Agenda de Luta

02 e 03 de agosto, diálogo com os alunos e a comunidade escolar sobre nossas reivindicações;

04 de agosto, assembleia geral virtual da categoria, às 09h, com indicativo de deflagração da Greve Sanitária.

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