Categoria aprova paralisação para 19/03. No dia 20/03, os trabalhadores debatem em assembleia geral o indicativo de greve.
Reunidos em assembleia geral nesta sexta-feira (6), os trabalhadores da Rede Estadual de ensino, atendendo ao chamado do Sintepp para avaliar a atual situação da educação pública em nosso estado, analisaram com bastante preocupação o descompromisso do governo estadual em melhorar a qualidade de ensino e em valorizar os trabalhadores em educação.
O passo inicial foi dado pelos trabalhadores rumo a uma campanha salarial que contemple as principais reivindicações da categoria, pois de forma unânime aprovou o Estado de greve como forma de pressão para que o estado responda a pauta da categoria. Construir a greve da rede estadual de ensino será a prioridade das lideranças do sindicato, que para isso aprovaram um calendário de lutas para o próximo período.
O debate na assembleia foi subsidiado com os informes da reunião ocorrida no último dia 30/01 entre Sintepp e governo Jatene (PSDB), ocasião que o governo deveria apresentar um posicionamento sobre o pagamento do piso e não o fez. (ver informes da reunião no sitio do sintepp – http://sintepp.kinghost.net/2015/02/falta-de-perspectiva-para-pagamento-do-piso-2015-desagrada-sintepp/).
Também foram dados informes das ações políticas e jurídicas em relação as eleições diretas para diretor a fim de garantir o processo democrático para gestão escolar. E foi mencionada a questão do retroativo do piso e portaria de lotação.
O descontentamento da categoria com a situação de precariedade da educação em nosso estado era notório. Os governos mais uma vez não cumprem as promessas que fazem durante as campanhas eleitorais, onde gastam milhões de reais em propaganda eleitoral para prometer que a educação é prioridade.
Apesar do discurso de posse em que a presidenta Dilma anunciou como lema do seu 2º mandato “Pátria educadora”, a situação da educação pública em nosso país tende a piorar em 2015. Consequência direta do grande ajuste fiscal imposto pelo governo federal, a ordem que vem do palácio do planalto é de corte de R$ 7 bilhões no orçamento da união para educação.
Já o governador Simão Jatene, ao ler a mensagem anual na Assembleia Legislativa do Pará, anunciou um crescimento de 40% da receita do estado. No entanto, até agora não pagou o novo Piso Salarial da categoria (R$ 1.917,78), alegando limitação orçamentária.
Em vários municípios paraenses os trabalhadores foram as ruas, deflagraram greves para garantir o pagamento dos salários de dezembro e o 13º terceiro, onde a pressão do Sindicato foi decisiva para reverter esta situação de calote aos trabalhadores em educação.
Todas as conquistas dos trabalhadores em educação foram conseguidas através de muita luta ao longo dos mais de 31 anos de existência e resistência do Sintepp. Portanto, a ordem para o conjunto da nossa categoria é mobilizar, construir uma grande campanha salarial em 2015 e organizar a greve para avançar nas conquistas.
Entre os principais pontos da pauta de reivindicação estão:
1 – Pagamento integral do piso de 2015, retroativo a janeiro;
2 – Aprovação da proposta de PCCR unificado para contemplar a carreira e remuneração dos funcionários que não fazem parte do magistério;
3 – Reforma das escolas;
4 – Cumprimento imediato do PCCR, efetivando o enquadramento imediato na progressão horizontal e vertical, bem como os seus respectivos retroativos;
5 – Aplicação da jornada de 1/3 para hora atividade;
6 – nomeação imediata dos diretores e vice diretores eleitos, com base na lei estadual nº 7.555/2014;
7 – Garantia de desburocratização das bolsas de pós graduação e lançamento de edital (não se faz seleção através de edital desde 2012);
8 – Concurso público.
Os educadores paraenses aprovaram o seguinte calendário de mobilização:
09 a 18/03 – Mobilização nas escolas, diálogo com a comunidade escolar;
12 e 13 – CER Sintepp;
19/03 – Marcha Estadual em defesa da educação pública;
20/03 – Assembleia geral para avaliação do indicativo de greve.
Só avança quem luta!