Na manhã desta quarta-feira (26) trabalhadores/as em educação pública do Pará realizaram ato público, em adesão a Greve Nacional, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, que teve como objetivo o fim da violência nas escolas, além de reivindicações por melhor infraestrutura nas instituições educacionais e a luta pela garantia do piso salarial e pelo reajuste de 15% para toda a categoria.
A manifestação se concentrou na Praça da república e de lá os participantes seguiram em caminhada até a Assembleia Legislativa, onde se buscou uma audiência.
Leia o resumo da audiência na ALEPA:
Ao chegar a ALEPA, a Coordenação do Sintepp foi recebida por uma comissão de parlamentares: Iran Lima (líder do governo na Casa), Maria do Carmo (vice líder do governo), Bordalo e Lívia Duarte.
Na reunião foi apresentada a pauta da greve nacional, construída Brasil a fora e falou-se da necessidade de se manter o diálogo, pois a SEDUC infelizmente tem inviabilizado o debate e não tem respondido as investidas do sindicato em tentar reunir e dialogar.
Tanto que já realizamos dois debates sobre a violência nas escolas e até agora nada de SEDUC e nem SEGUP nos chamarem para conversar sobre o tema, tão pouco chamou educadores e comunidade escolar.
Esse é o mesmo problema enfrentado em relação ao “novo” ensino médio, que segue sendo levado para as escolas, com zero diálogo entre governo e sociedade civil organizada.
Também falamos sobre a questão do piso salarial, que continua sendo uma de nossas principais pautas e solicitamos aos parlamentares que se empenhem para fazer valer a lei no Estado e nos municípios paraenses.
Citamos também o total abandono do IASEP, que tem cotidianamente clínicas sendo fechadas e tratamentos interrompidos, ainda que mensalmente os descontos sejam feitos em nossos contracheques.
A prática do assédio também tem sido um dos grandes enfrentamentos que temos vivenciado. Antes de maneira mais nivelada e agora escancaradamente durante a greve nacional que convocamos para hoje. As tentativas de inviabilizar nosso movimento não irá nos atingir, uma vez que assumimos o compromisso de repor todas as aulas provindas de nossas atividades sindicais, não sendo de modo algum prejudicado nosso alunado.
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Os manifestantes aprovaram ainda a realização de um novo ato público, no dia 03.05, às 14h, em frente ao prédio do IASEP (Av. Alm. Barroso, em frente ao Baenão), onde se pretende mostrar para a população paraense o caos e o abandono enfrentados pelos usuários do plano, que nem consultas eletivas conseguem e vêem recorrentemente clínicas encerrarem o convênio, ainda que os descontos estejam sendo feitos em seus contracheques.
Nossa categoria deliberou ainda pela realização de uma assembleia geral no próximo dia 10, porém no dia 11 haverá uma importante audiência pública na ALEPA que debaterá a violência nos ambientes escolares. Nossa coordenação avalia que é o momento de somar forças nesta atividade da Casa Legislativa e, portanto, realizaremos nossa assembleia neste mesmo dia 11 de maio. Parabenizamos cada trabalhador e trabalhadora em educação deste Estado que enfrentou o assédio moral da SEDUC e participou das atividades propostas nesta greve nacional. Se o governo Helder Barbalho acha que pode contar com nosso silêncio está muitíssimo enganado, nos manteremos vigilantes e mobilizados!
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