O chefe do corrupto esquema do orçamento secreto, o aliado de Bolsonaro, o ultra liberal e reformista presidente da Câmara Federal – Arthur Lira (PP/AL), anunciou que a partir desta segunda semana de outubro, voltaria à pauta no Congresso com o tema da Reforma Administrativa (PEC 32/2020).
Com sua contumaz covardia, recuaram antes por conta do desgaste político, e aguardaram suas eleições passarem para retomar o debate.
Entre os principais riscos para o serviço público brasileiro, a PEC 32/2020 pretende acabar com a estabilidade do servidor público, além de impor o risco de demissões, a possibilidade de privatização de todo o setor público, e impõem o fim aos nossos direitos adquiridos, como férias, adicionais e nossos planos de carreira, bandeiras históricas do serviço público em nosso país. A ação certamente terá efeito cascata sobre Estados e Municípios.
A PEC impõe ainda o fim de concursos públicos, perda da estabilidade funcional do servidor, o fim do quinquênio para ativos e futuros e a redução de até 25% de nossas cargas horárias, o que verticalmente reduzirá salários e remunerações. Esse processo de privatização e desmonte do serviço público estão dentro dos projetos vividos de destruição de nosso país, protagonizados pelo governo nefasto de Jair Bolsonaro. O enxugamento total da máquina pública para a garantia do orçamento secreto e o escandaloso sigilo de 100 anos para a proteção de políticos ligados a base aliada do governo estão custando a comida no prato de milhões de famílias brasileiras.
Com a economia a beira do abismo, crescem ações de desespero entre a população. São pessoas se digladiando para catar restos de ossos em caminhões de lixo, soro sendo vendido como leite, pele de frango sendo comercializada como proteína.
Nossas escolas há mais de quatro anos estão sem reajuste na merenda escolar. Em muitos casos, essa alimentação é a única refeição que nossas crianças têm no dia.
Enquanto atacam o serviço público, Bolsonaro e sua quadrilha fecham os olhos para os mais 33 milhões de brasileiros que passam fome todos os dias no Brasil. Não somos a Venezuela, somos o país da América Latina com maior potencial de desenvolvimento econômico, mas seguimos sendo sugados por magnatas encastelados no poder e que empurram a cada dia mais nosso povo para a miséria.
Não podemos aceitar calados/as mais esse ataque frontal aos nossos direitos. Servidor/a público/a, reaja! Mobilize os/as colegas de trabalho e diga NÃO à PEC 32/2020!