A fiação elétrica e a parte hidráulica da unidade de ensino também são graves problemas.
Dando continuidade à movimentação nas escolas da rede estadual de ensino do Pará, o Sintepp visitou ontem (21) o Colégio Agostinho Monteiro, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém.
Localizada na Cidade Nova 8, a escola está na lista das que continuam no ensino remoto nos turnos da manhã e tarde, tendo apenas o noturno funcionando de forma precarizada.
Desde antes da pandemia a Agostinho Monteiro aguarda por reforma. Em um espaço amplo, mas pouquíssimo aproveitado pelo poder público, hoje a instituição vê sua comunidade escolar pedindo transferência, uma vez que, diferente do propagandeado por Helder Barbalho, a realidade do chão da escola é cada dia mais difícil.
Na escola há o total abandono dos sistemas hidráulico e elétrico. Várias salas, laboratórios, e até mesmo o auditório, precisaram ser desativados, pois a parte elétrica está em eminência de incêndio, como já aconteceu anteriormente. Praticamente todos os equipamentos estão deteriorados. A parte administrativa da escola até pouco tempo contava com apenas um computador em funcionamento, e ar condicionados e ventiladores estão não piores condições.
Há também duas crateras, uma que começa a se abrir em um dos portões de entrada da escola e outra gigantesca em um dos blocos de sala de aula. No telhado da quadra esportiva já começam a nascer até árvores.
A caixa d’água já não funciona. Não bastasse os problemas na rede hidráulica, existe risco de desabamento na estrutura desta caixa. Banheiros estão entupidos, sem tampa e a falta de água nas torneiras é constante.
Ainda que o Pessoal de Apoio se esforce para manter o ambiente escolar aprazível, as infiltrações, o excesso de mato, de cupins e a falta de uma ação contundente da SEDUC são patentes.
De fato há a necessidade de uma reforma estrutural geral e emergencial, além da renovação dos equipamentos escolares. Lamentavelmente, toda a situação já é de conhecimento da SEDUC. Mas promessas do governo são as únicas respostas recebidas pela comunidade escolar do governo.
Na entrada da biblioteca da escola, uma frase nos chamou a atenção do escritor paraense Benedicto Monteiro nos chamou a atenção, “Quando botei o pé no primeiro convés, de lancha, vi logo que estava pisando num degrau de outro mundo…”
Sem nos lançar ao risco que uma análise ilusória da erudição da letradura de Monteiro pode provocar, pontuamos que a defesa de uma escola pública não se faz com propaganda, Sr Governador ! Está na instrumentalização do ensino, na valorização de nossa gente e no investimento e manutenção de nossos espaços educacionais!
Veja abaixo o volume de ofícios enviados pela direção escolar à Unidade Seduc na Escola (USE), datados de 2019 a 2021.
É triste ver um espaço educacional que já formou gerações ter seu patrimônio público depredado pelo descaso governamental.
Governador Helder Barbalho, deixe a comunidade escolar voltar a existir! Agilize a reforma e estruturação da Escola Agostinho Monteiro!
Para ver mais imagens da situação da escola clique aqui.