O SINTEPP promoverá no próximo dia 07/11 o 2º Seminário Estadual sobre a Reforma do Ensino Médio, na perspectiva da construção coletiva de uma matriz curricular que não reduza os componentes e disciplinas, e que garanta a não perda de carga horária pelo magistério.
Desconsiderando todo o debate acumulado anteriormente, a reforma aponta para um empobrecimento e redução curricular, penalizando diretamente a escola pública, visto que tal reforma não se aplica ao ensino privado.
Na prática, a implementação do “novo ensino médio” nada mais é que uma adequação aos ditames de organismos internacionais, como o Banco Mundial, que formulou no início dos anos 2000 as reformas e os currículos que deveriam ser ofertados pelas escolas públicas em toda a América Latina.
A reforma estimula ainda um aumento da oferta da educação à distância e da oferta do ensino através do “notório saber”, rebaixando ainda mais a função do magistério.
A flexibilização curricular proposta através dos itinerários formativos completam esse quadro de desmonte do magistério público, organizando os conteúdos em áreas ou campos de conhecimento, diluindo assim a necessidade de determinadas disciplinas no currículo da escola pública.
Isso gerará inevitavelmente uma pulverização da educação básica, que deixará de ter no ensino médio sua terminalidade, passando a ser reduzida ao ensino fundamental.
Com isso, além da diminuição da qualidade do ensino, haverá uma diminuição na mão de obra, o que acarretará prejuízos remuneratórios ainda maiores, podendo chegar ao extremo de demissões, caso avance a reforma administrativa também privatizante de Bolsonaro.
Afora a perspectiva da reforma se dê apenas em 2021, este processo está em pleno andamento por parte da SEDUC, que tem se negado em abrir o diálogo, mas tem construído sigilosamente sua proposta de Diretriz Curricular, que deve ser aprovada pelo Conselho Estadual de Educação (CEE) até o final de novembro de 2019.
Sendo assim, nosso sindicato tem percorrido diversos municípios para estabelecer o debate necessário de uma intervenção qualitativa na discussão acerca do “novo ensino médio”, que deverá culminar nesse importantíssimo momento de construção coletiva que será o Seminário Estadual.
Sabemos que precisaremos lutar muito e estar plenamente alertas e prontos para reagir, caso contrário nossa categoria corre sérios riscos de retrocessos.
Sigamos com coragem e esperança!
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