O Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores em Educação Pública do Pará (SINTEPP) vem a público manifestar seu pesar pelo assassinato do sindicalista Carlos Cabral Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Rio Maria – STTR, no sul do Pará, e diretor da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB Pará, assassinado com vários tiros na tarde da terça-feira (11/06/2019), em Rio Maria/PA.
O sindicalista em toda a sua vida conviveu com ameaças em Rio Maria, que ficou conhecida como “a terra da morte anunciada”. Em 1985 João Canuto foi assassinado, seu sucessor Expedito Ribeiro de Souza foi assassinado em fevereiro de 1991. Cabral, que a época sucedeu Expedito foi vítima de atentado a bala a mando do latifúndio um mês depois. No ano de 1990, cinco anos após o assassinato de João Canuto, três de seus filhos foram seqüestrados, Orlando, José e Paulo Canuto. Dois deles, José e Paulo foram assassinados e somente Orlando escapou gravemente ferido.
Exatos 32 anos depois do assassinato do advogado dos trabalhadores rurais e deputado Paulo Fonteles, em plena luz do dia, mais uma vez nosso Estado tem seu solo manchado pela injustiça e pela bala do latifúndio improdutivo.
Nosso sindicato, subscrevendo a manifestação das centrais sindicais e movimentos sociais brasileiros, “exige a imediata e exemplar apuração e elucidação do assassinato de Cabral, a retomada da paz no campo, a política e a cultura da paz contra o discurso e a cultura do ódio e da violência pregados pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro”.
Viva a livre organização dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.
Carlos Cabral Pereira, PRESENTE!