Neste início de 2019, sob a nova administração de Helder Barbalho, os servidores do SEDUCÃO receberam a visita do governador, indicando assim o início de um novo diálogo entre governo e trabalhadores. Porém, essa expectativa durou pouco. Com o argumento da necessidade de contenção de despesas, o governo Helder no início de janeiro publicou no Diário Oficial do Estado o corte da Gratificação de Tempo Integral (GTI) e hora extra de todos os servidores efetivos lotados na SEDUC sede, sem aviso prévio, gerando total descontentamento dos trabalhadores, que foram surpreendidos e desta forma não prepararam seu orçamento para este corte abrupto. Esta medida gerou um clima de desespero entre servidores e servidoras, muitas a ponto de se aposentar, que diante de anos sem reajuste salarial, encontram-se totalmente endividados junto ao Banpará, o que causou grande impacto nos seus salários no final de janeiro. Com esta medida, também aumenta o volume de trabalho para os servidores, além de que a administração iniciou um processo de criação de escala de serviço, solicitando aos setores que definissem os servidores que trabalhariam no turno da manhã e no turno da tarde, o que não foi aceito por boa parte dos trabalhadores.
Além disto, foi tomada a medida de remoção dos servidores com cargos de merendeira, agente de portaria e auxiliar operacional, muitos lotados na SEDUC há mais de 10 anos, para as escolas, sem nenhum aviso prévio, nem direito a saber para qual escola seriam lotados. Servidores de licença saúde receberam memorando de remoção, dentre tantos absurdos no atendimento dispensado a estes servidores que há tantos anos dedicam sua atividade laboral a esta secretaria. Esta medida foi comunicada praticamente como conversa de corredor, causando sérios transtornos na rotina de trabalho, bem como incertezas que afetam a saúde mental dos trabalhadores atingidos.
Estas medidas desencadearam a mobilização dos servidores, que se reuniram no dia 08/02 após o expediente para tomar uma atitude, e foi deliberado realização de um ato na segunda, dia 11/02, solicitando agenda com a Secretária de Educação. A mesma recebeu a comissão de servidores que levaram as pautas deliberadas na reunião e o descontentamento com as medidas tomadas, cientes de que as mesmas apesar de estarem dentro da legalidade, tem sua forma de execução questionável, bem como desrespeitosa aos servidores desta secretaria. A secretária, Profª Leila Freire, estava prestes a viajar, mas se comprometeu a analisar as questões apresentadas, bem como suspendeu provisioriamente as remoções de servidores lotados na SEDUC para as escolas, deixando agendada uma reunião nesta sexta, dia 15/02, para tratar da pauta apresentada.
Após a reunião, foi definido pelos participantes do ato a realização de uma assembléia neste dia 15/02 às 14h na sede da SEDUC, para dialogarmos sobre as deliberações desta reunião com a Secretária e os próximos passos do movimento. Os servidores administrativos e operacionais estão em alerta e em constante mobilização para cobrar soluções para os ataques que estão sofrendo.
Não há vitória sem luta!!!