O nível de sucateamento das escolas públicas da rede estadual de ensino fato público e notório denunciado diariamente pelas diversas manifestações realizadas pelos (as) trabalhadores (as) em educação assim como pelos estudantes em todo o Pará, tem como algumas consequências o adoecimento da categoria e o baixo rendimento do alunado.
Não por acaso o ensino do Pará é um dos dois piores de todo o país quando avaliado pelos diversos instrumentos aplicados pelo país como, por exemplo, o IDEB, ainda que não concordemos com este índice por desprezar as condições físicas das unidades escolares que, evidentemente, influenciam nas condições do processo ensino-aprendizagem.
Se a situação é de extrema preocupação na rede regular, pelo interior e mesmo na capital do estado, no Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME, o cenário é de guerra, com a nossa categoria tendo que enfrentar as situações mais adversas para garantir o direito à educação aos nossos adolescentes e jovens de comunidades das zonas rurais e ribeirinhas pelo interior.
Hoje por volta das 13h, uma voadeira que levava seis professores (as) do SOME, pelo Rio Tocantins, para as Ilhas de Cametá, colidiu com uma rabeta e foi ao fundo. Felizmente, todos (as) os (as) nossos (as) companheiros (as) foram resgatados a tempo por ribeirinhos que passavam no momento pelo local rumo à cidade. A professora Ana Selma teve algumas escoriações pelo corpo e foi salva pelo professor Ivan, pois não conseguia nadar de tão apavorada. No mais, as perdas foram somente materiais, como os equipamentos utilizados nas salas de aula.
Todos se encaminharam para suas casas tentando se restabelecer do susto e pânico que viveram em mais um dia de dedicação ao trabalho.
Estavam no grupo os professores Paulo Tavares, dirigente da subsede Cametá, coordenador da Secretaria de Educação do Campo e Ribeirinhos, Nazareno, Aguinaldo, Ivan, Ana Selma e uma funcionária da PMC, chamada Nazaré.
A Coordenação Estadual do Sintepp se solidariza com os (as) companheiros (as) que passaram por este momento de extrema dificuldade e se compromete em continuar cobrando do governo Jatene melhores condições de trabalho, além de pautar este acontecimento na audiência de amanhã, 10/11.